A Marmita.
Por Carlos Sena
Marmita, nalgumas capitais do nordeste mudou de significado. Muitos homens quando "pegam" uma puta (hoje garota de programa) dizem aos amigos que pegaram uma marmita. Isso é muito comum nas regiões de praias de Fortaleza, Natal, etc., onde há turismo sexual a vista de todos. Quando o cara é perguntado por um amigo se aquela é sua namorada, a resposta é NÃO. Dizem que "Aquela é minha marmita", ou seja, compra pronta na rua e vai comer em casa. Mas, não é dessa marmita que queremos falar. Queremos dizer da marmita mesma que também se chama QUENTINHA. Aquela que vem alimentos dento e que quando ainda quentinha dá pra se comer. Quando requentada no microondas às vezes vem um bafo azedo que sempre se consegue Engolir. Mas ainda não é necessariamente dessa que quero falar. Mas da quentinha fresquinha em embalagem transparente e com cara de limpa e bem cuidada e com um aroma meio da casa da gente. Foi uma quentinha assim que um rapaz enquanto esperava o avião, estava metido nela em pleno aeroporto de Brasília, a nossa
capital federal! Se fosse num aeroporto do Recife ou doutro lugar do Norte e do Nordeste seria mundiça, coisa de pirangueiro de gentalha. Pois bem: foi no Internacional de Brasília, repito. Chinfrim, como é breguin esse aeroporto. Mas, ele tá em obras em busca do PADRÃO FIFA.
Voltando ao rapaz da marmita. Ele comia a bichinha como quem come o melhor prato do mundo. Pelo jeito dele deglutir, se a chamada do vôo acontecesse naquele momento, certamente ele o perderia em detrimento da sua deliciosa marmita. Não nos parecia ser um rapaz simples não. Fato é que nossos aeroportos nos exploram os olhos da cara, no quesito lanche ou almoço. Nesse mesmo dia, nem critiquei o moço lá com a sua marmita. É que eu acabara de tomar uma garrafinha (long nec) de cerveja de 335ml pela qual tive que pagar R$ 6,00 mais 5,00 de uma empadinha de "ver deus" que totalizou R$ 11,00. Por isso achei que o moço fez bem em não gastar fortuna num almoço ou mesmo num lanche.
Do jeito que vai, aeroporto e rodoviária vão ficar muito parecidos, não só porque todo mundo pode viajar de avião (olha Lula aí gente!), mas porque o aeroporto é quem vai convidar os passageiros a andar com sua marmitinha na mão, ou com uma sem futuro "barrinha de cereal" porque o povo está aprendendo a não ser besta. Os empresários é que ainda não aprenderam que com preços justos o lucro aumenta e todos ganham.
Já dentro do avião enquanto escrevia este texticulo, lembrei-me de que junto do moço da marmita tinha uma moça bonita, insinuante, toda agasalhada parecendo estar com frio. Então pensei: será que era a "Marmita" dele? Será que seria a "Quentinha" dele? Retruquei-me: cala tua boca língua ferina, tu num sabe que "língua falou cu pagou"?
Nisso o avião aterrissa e eu retorno pro meu recife, embora deixando lá na "Brasileia" um mundo de gente ótima que acredita e bota fé no Brasil, como nós.
Por Carlos Sena
Marmita, nalgumas capitais do nordeste mudou de significado. Muitos homens quando "pegam" uma puta (hoje garota de programa) dizem aos amigos que pegaram uma marmita. Isso é muito comum nas regiões de praias de Fortaleza, Natal, etc., onde há turismo sexual a vista de todos. Quando o cara é perguntado por um amigo se aquela é sua namorada, a resposta é NÃO. Dizem que "Aquela é minha marmita", ou seja, compra pronta na rua e vai comer em casa. Mas, não é dessa marmita que queremos falar. Queremos dizer da marmita mesma que também se chama QUENTINHA. Aquela que vem alimentos dento e que quando ainda quentinha dá pra se comer. Quando requentada no microondas às vezes vem um bafo azedo que sempre se consegue Engolir. Mas ainda não é necessariamente dessa que quero falar. Mas da quentinha fresquinha em embalagem transparente e com cara de limpa e bem cuidada e com um aroma meio da casa da gente. Foi uma quentinha assim que um rapaz enquanto esperava o avião, estava metido nela em pleno aeroporto de Brasília, a nossa
capital federal! Se fosse num aeroporto do Recife ou doutro lugar do Norte e do Nordeste seria mundiça, coisa de pirangueiro de gentalha. Pois bem: foi no Internacional de Brasília, repito. Chinfrim, como é breguin esse aeroporto. Mas, ele tá em obras em busca do PADRÃO FIFA.
Voltando ao rapaz da marmita. Ele comia a bichinha como quem come o melhor prato do mundo. Pelo jeito dele deglutir, se a chamada do vôo acontecesse naquele momento, certamente ele o perderia em detrimento da sua deliciosa marmita. Não nos parecia ser um rapaz simples não. Fato é que nossos aeroportos nos exploram os olhos da cara, no quesito lanche ou almoço. Nesse mesmo dia, nem critiquei o moço lá com a sua marmita. É que eu acabara de tomar uma garrafinha (long nec) de cerveja de 335ml pela qual tive que pagar R$ 6,00 mais 5,00 de uma empadinha de "ver deus" que totalizou R$ 11,00. Por isso achei que o moço fez bem em não gastar fortuna num almoço ou mesmo num lanche.
Do jeito que vai, aeroporto e rodoviária vão ficar muito parecidos, não só porque todo mundo pode viajar de avião (olha Lula aí gente!), mas porque o aeroporto é quem vai convidar os passageiros a andar com sua marmitinha na mão, ou com uma sem futuro "barrinha de cereal" porque o povo está aprendendo a não ser besta. Os empresários é que ainda não aprenderam que com preços justos o lucro aumenta e todos ganham.
Já dentro do avião enquanto escrevia este texticulo, lembrei-me de que junto do moço da marmita tinha uma moça bonita, insinuante, toda agasalhada parecendo estar com frio. Então pensei: será que era a "Marmita" dele? Será que seria a "Quentinha" dele? Retruquei-me: cala tua boca língua ferina, tu num sabe que "língua falou cu pagou"?
Nisso o avião aterrissa e eu retorno pro meu recife, embora deixando lá na "Brasileia" um mundo de gente ótima que acredita e bota fé no Brasil, como nós.