A sombra de um ser crônico
Na autoria criadora de uma consciência anormal.
Percebemos as vistas miragens do segmento de um sujeito oblíquo.
Que encontrado foi no veículo de ondas psicossomáticas do legado insano.
No direcionamento de um sentido interior, chamado: "a cantoria dos risos mascarados do ganancioso pensamento narcisista".
Disponibilizando vias propulsoras das sintonias desarmonizais, fazendo-nos aproximar-se a um lugar restrito de deslocamento, alojando o desesperado socorro no pouso viscoso do arpoador da livre paz que deseja o suicida que já não vive mais.
Porque há paz e, milhares caminham acorrentados por seus escombros feridos, não desejando paisagens e nem isenção do aviltar rejeitado, ao contrário daqueles que desejam como descanso e sono à felicidade que ambos queriam.
Foi até desejado o esconderijo por apenas um olhar que não poderia ter sido traído no golpe da terrível traição que nos mata antecipadamente.
Por que tudo no ciclo da existência nos atrai e nos trai?
Vejo em tons as falações do reclamado espírito, perturbado pela trajetória das desonestas lutas do trabalho que o cansou, não lhe dando outra escolha, só apenas força e acúmulos de obrigações com seu circo triste, mas de palco e aplausos por aqueles que se aproveita de seu resultado lucro que não o enriquece, esse expectar de plateia que não vê a hora da riqueza produzida de terceiros chegar, "o poder".
Olha o descaso da ganância imbatível.
Suor quente, cansaço desmotivador, olhar desprovido de alegria, não faz parte do jogo que a riqueza xadrez deseja para os homens fazedores de realização terceirizada.
Tudo será levado e direcionado a outros, e o que ficará sempre será o que se acha suficiente no que é visto como ineficiente.
Fecham-se aberturas do escorrimento ser, esquecendo obras que não importam mais.
E o instinto de ambos se desfaz em formas diferentes, um no riso que o promove e o outro na ação do instinto que o faz sobreviver.
O corpo foi marcado por uma implacável mão que sem ser vista registrou perplexamente os passos espalhados de dançarinos vestidos de pierrôs.
Com escritas esquecidas de Sócrates em Alexandria.
Desenhando filosofias flutuantes que o tempo empoeirado vomitou.
No objeto andante de cor.
Hitleriana de flor.
Paulo Nascimento.