A CAIXINHA DE LENHA
O espaço era pequeno, entre 50 ou 60 metros quadrados distribuídos entre sala de estar, sala de jantar e cozinha. Ambientes conjugados. Novidade da nova arquitetura que aproveita muito bem os pequenos espaços.
Madalena, a dona da casa era uma senhora de meia-idade que possuía um gosto refinado, simples, porém harmonioso, detalhista. Era uma decoradora nata. Sabia como ninguém decorar um ambiente usando coisas simples e bonitas.
Madalena cuidava de tudo com muito zelo, escolhia as cores, os móveis, os porta-retratos; tudo com muito cuidado e simetria.
Mas o sonho de consumo do marido era adquirir uma caixinha de lenha.
Pedro sonhava em realizar esse desejo e fazia planos e imaginava a caixinha em diferentes cantos da casa.
Um dia falou à Madalena:
- Vou colocar a caixinha de lenha ao lado do sofá.
-Não!!!!
Disse Madalena.
- Na sala não!!!
- Então vou colocá-la na cozinha!
Madalena explicava que não havia lugar, a cozinha era pequena, apertada e além do mais, não combinava com a decoração, pois nem possuíam um fogão à lenha!
- Quando fizermos um festeiro você compra a sua caixinha! Madalena argumentava sem resultados.
Um dia desses Madalena entrou em casa e para sua surpresa lá estava ela: a imponente, marcante e tão desejada caixinha de lenha do marido.
Então começou o martírio: cada dia a caixinha adormecia em um lugar da casa, tentando encontrar o seu canto.
- Aqui não dá! – Dizia Madalena.
- Onde então a coloco? – bradava o marido-
- Não sei! Vira-te! Eu disse que não havia lugar para ela.
- Daqui ela não sai! Se ela sai, eu saio também!
Madalena odiava a tal caixinha de madeira e em dia de faxina, a diarista arrastava a caixinha pra lá e pra cá, falava mal e praguejava. Mas Pedro era apaixonado pela caixinha de madeira.
_ É meu sonho desde criança! A caixinha de madeira é minha companheira! Ninguém mexe na minha caixinha!
Madalena desejava que a caixinha quebrasse para se livrar dela.
Um dia aconteceu. De tanto arrastarem a coitada quebrou.
- Ufa! Madalena e a diarista suspiraram. Iriam, enfim livrarem-se da caixa.
A caixa quebrada foi abandonada na garagem da casa. O casal teve uma trégua das discussões por causa do apego bizarro de Pedro pela caixinha de lenha.
Chegaram as férias de Julho e Madalena viajou para visitar seu filho. Pedro ficou em casa.
Passaram-se onze dias e Madalena retornou.
Quando entrou em casa quase nem conseguiu respirar. O que Madalena avistou?
Em um lugar de destaque, na sala de estar, ao lado de seu fino e caro sofá de veludo: A caixinha de lenha de madeira de pinus fazendo contraste com a decoração detalhista de Madalena. O que fazer? aceitar a caixinha de lenha pela paz e harmonia do lar.
Madalena, a dona da casa era uma senhora de meia-idade que possuía um gosto refinado, simples, porém harmonioso, detalhista. Era uma decoradora nata. Sabia como ninguém decorar um ambiente usando coisas simples e bonitas.
Madalena cuidava de tudo com muito zelo, escolhia as cores, os móveis, os porta-retratos; tudo com muito cuidado e simetria.
Mas o sonho de consumo do marido era adquirir uma caixinha de lenha.
Pedro sonhava em realizar esse desejo e fazia planos e imaginava a caixinha em diferentes cantos da casa.
Um dia falou à Madalena:
- Vou colocar a caixinha de lenha ao lado do sofá.
-Não!!!!
Disse Madalena.
- Na sala não!!!
- Então vou colocá-la na cozinha!
Madalena explicava que não havia lugar, a cozinha era pequena, apertada e além do mais, não combinava com a decoração, pois nem possuíam um fogão à lenha!
- Quando fizermos um festeiro você compra a sua caixinha! Madalena argumentava sem resultados.
Um dia desses Madalena entrou em casa e para sua surpresa lá estava ela: a imponente, marcante e tão desejada caixinha de lenha do marido.
Então começou o martírio: cada dia a caixinha adormecia em um lugar da casa, tentando encontrar o seu canto.
- Aqui não dá! – Dizia Madalena.
- Onde então a coloco? – bradava o marido-
- Não sei! Vira-te! Eu disse que não havia lugar para ela.
- Daqui ela não sai! Se ela sai, eu saio também!
Madalena odiava a tal caixinha de madeira e em dia de faxina, a diarista arrastava a caixinha pra lá e pra cá, falava mal e praguejava. Mas Pedro era apaixonado pela caixinha de madeira.
_ É meu sonho desde criança! A caixinha de madeira é minha companheira! Ninguém mexe na minha caixinha!
Madalena desejava que a caixinha quebrasse para se livrar dela.
Um dia aconteceu. De tanto arrastarem a coitada quebrou.
- Ufa! Madalena e a diarista suspiraram. Iriam, enfim livrarem-se da caixa.
A caixa quebrada foi abandonada na garagem da casa. O casal teve uma trégua das discussões por causa do apego bizarro de Pedro pela caixinha de lenha.
Chegaram as férias de Julho e Madalena viajou para visitar seu filho. Pedro ficou em casa.
Passaram-se onze dias e Madalena retornou.
Quando entrou em casa quase nem conseguiu respirar. O que Madalena avistou?
Em um lugar de destaque, na sala de estar, ao lado de seu fino e caro sofá de veludo: A caixinha de lenha de madeira de pinus fazendo contraste com a decoração detalhista de Madalena. O que fazer? aceitar a caixinha de lenha pela paz e harmonia do lar.