Tudo que Precisa ser Explicado....
Aprendi há muito tempo que tudo que precisa ser explicado tem problema. Essa análise é única e exclusivamente uma conclusão minha, que nos momentos em que me coloco a pensar, começo a analisar algumas coisas, e tudo isso abalizado pelos anos que já vivi e por tudo o que passei, que muitas vezes foi de difícil digestão, daí, mesmo já tendo algum tempo, insisto em querer decifrar os fatos, este é o meu lado psicóloga.
Nesta semana estou mais uma vez diante de fatos que fazem com que eu mais uma vez confirme essa tese, pois estamos sendo inundados com as explicações mais do que desencontradas sobre o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo, ocorrida no Rio de Janeiro, mais precisamente na comunidade da Rocinha, seja sobre a chacina em São Paulo do menino que exterminou a família inteira de uma forma planejada e fria. Esses são dois crimes bárbaros, um já consumado que é o de São Paulo e o outro supostamente acontecido, pois quem entra em carro de polícia dificilmente consegue sair dele com vida.
Na minha modesta opinião o caso de Amarildo está fechado, as provas são fortes onde nos leva a concluir que esse já era. Mas no caso do menino de São Paulo, se não fosse as declarações sem responsabilidade do comandante do quartel onde seus pais trabalhavam, poderíamos aceitar facilmente que o menino realmente foi o autor das mortes, o que nos chocaria, pois em menos de quinze anos é o terceiro crime que acontece de filhos que matam os pais.
Há afirmações de conviventes com o menino que afirmam que ele tinha o sonho de tornar-se matador profissional, há também a afirmação de que ele tinha uma doença grave que o faria perder a vida dentro de poucos anos. As explicações são tantas que com certeza esse crime tem mais mistérios do que possamos imaginar. Este literalmente enquadra-se com a minha tese, pois embora não seja policial, mas sou uma pessoa lógica, acredito que uma boa perícia poderia sem deixar dúvidas esclarecer toda a dinâmica do crime, se foi o menino ou terceiros. Mas quando começam explicações em cima de explicações podemos contar que a verdade foi enterrada e provavelmente com o menino, que pode ser o assassino ou ter visto quem matou a família e foi executado como queima de arquivo. Tudo indica que foi o menino, mas por causa das muitas explicações, começo a lembrar do caso dos irmãos Naves ocorrido em 1937, onde eles foram condenados injustamente em uma cidade mineira, e depois de muitos anos foram absolvidos com o aparecimento do suposto morto. Lembro-me também do crime jamais elucidado do advogado Heitor Furtado (conhecido como advogado do diabo), que supostamente matou Dana de Tefé. E neste caso de São Paulo parece que vamos ter um crime perfeito, que jamais será elucidado, pois não há pólvora nas mãos do garoto. Assim sendo quem matou a família?
Esperemos em Deus que possamos ver em breve a redenção pós-morte do menino, pois é chocante saber que ele possa ter tido uma inclinação tão má de matar aqueles que o geraram com amor.