COTIDIANO
TRIBOS DO LADO DE CÁ
Uma parte bem interessante e educativa de andar por esse mundo de meu Deus, é conhecer de perto, bem de pertinho, pessoas e seus costumes.
Pessoas sempre "se acham o máximo" e realmente "não dão a mínima" para as outras pessoas que elas, as que se acham o máximo, reconhecem como habitantes de uma tribo qualquer.
Nós brasileiros, específicamente, somos, para alguns povos, um bando de tupinikins. Porém, dando uma parada nos detalhes, por pequena que seja essa parada, bem podemos constatar que cada tribo é uma tribo com suas particularidades, seus costumes - costumes que fazem parte da consolidação de cada cultura. Ou da sua falta.
Só isso.
Em algum lugar, escrito por algum andarilho decepcionado com o que é possível encontrar chão afora, li que "o lugar a gente escolhe, os costumes a gente encontra".
Então vou deixar por conta do item "costumes que a gente encontra" , alguns comportamentos com os quais tenho me deparado em minhas andanças e dar os devidos descontos para algumas pessoas da tribo daqueles que "se acham o máximo".
Hoje eu estava no supermercado daqui desta tradicionalíssima cidade onde estou (temporariamente - e por força de circunstâncias) , continuando, eu estava no supermercado desta cidade que no passado foi até capital da Itália, bela cidade, diga-se, para não ser injusta, (aff...) e fazia minhas comprinhas de rotina. Parei frente à vitrine de leites, segurando o carrinho de compras com a mão esquerda e apoiando a mão direita na cintura, em posição de descanso e espera, que bem conhecemos. Não sou obesa e estou certa de que não ocupava espaço alem do que me seria permitido, não atrapalhava o trânsito dos demais, até porque o supermercado não estava tão concorrido assim, quando fui surpreendida por uma senhora que empurrou meu braço, o que estava apoiado na cintura, deu uma rabanada e colocou-se à minha frente, entre mim e a vitrine de leites.
Imediatamente tive uma saudade danada do meu país verde-amarelo... Lá, pode até acontecer de alguém esbarrar em alguém, inadvertidamente, mas empurrar o braço da gente, propositadamente, e enfiar-se à nossa frente em uma vitrine, jamais vi acontecer.
Garanto.
Aliás, hoje estávamos conversando com um brasileiro e ele nos disse que uma italiana perguntou pra ele se no Brasil tem carro. Ele disse que ficou tão irritado que respondeu : "Não. Só tem carroça. As pessoas lá andam de carroça, principalmente em carroças da FIAT."
Esse brasileiro trabalha na FIAT aqui de Torino.
O problema é que, como bom tupinikin da Brasile, é ágil no bodoque.
O outro problema é que esse povo europeu não tem o costume de ler sobre o "resto do mundo", como dizem ser tudo que não estiver contido no mapa do que eles chamam de "primeiro mundo".
Lá no meu terceiro mundo, quando a gente, sem querer, esbarra em alguém, é costume pedir desculpas.
Agora, quando alguém empurra alguém para entrar na sua frente, costuma-se escutar uma chamadinha de atenção. Pagar uma geral, no popular do baixo clero.
Deixei por menos e ignorei o "costume" da senhora italiana porque felizmente minha tribo tupinikin é pacífica.
E quero crer que estes tenham sido casos isolados, o meu e do meu amigo brasileiro, casos acidentais, e que realmente não façam parte dos costumes dos piemonteses.
Pode ser - mas pode não ser.
TRIBOS DO LADO DE CÁ
Uma parte bem interessante e educativa de andar por esse mundo de meu Deus, é conhecer de perto, bem de pertinho, pessoas e seus costumes.
Pessoas sempre "se acham o máximo" e realmente "não dão a mínima" para as outras pessoas que elas, as que se acham o máximo, reconhecem como habitantes de uma tribo qualquer.
Nós brasileiros, específicamente, somos, para alguns povos, um bando de tupinikins. Porém, dando uma parada nos detalhes, por pequena que seja essa parada, bem podemos constatar que cada tribo é uma tribo com suas particularidades, seus costumes - costumes que fazem parte da consolidação de cada cultura. Ou da sua falta.
Só isso.
Em algum lugar, escrito por algum andarilho decepcionado com o que é possível encontrar chão afora, li que "o lugar a gente escolhe, os costumes a gente encontra".
Então vou deixar por conta do item "costumes que a gente encontra" , alguns comportamentos com os quais tenho me deparado em minhas andanças e dar os devidos descontos para algumas pessoas da tribo daqueles que "se acham o máximo".
Hoje eu estava no supermercado daqui desta tradicionalíssima cidade onde estou (temporariamente - e por força de circunstâncias) , continuando, eu estava no supermercado desta cidade que no passado foi até capital da Itália, bela cidade, diga-se, para não ser injusta, (aff...) e fazia minhas comprinhas de rotina. Parei frente à vitrine de leites, segurando o carrinho de compras com a mão esquerda e apoiando a mão direita na cintura, em posição de descanso e espera, que bem conhecemos. Não sou obesa e estou certa de que não ocupava espaço alem do que me seria permitido, não atrapalhava o trânsito dos demais, até porque o supermercado não estava tão concorrido assim, quando fui surpreendida por uma senhora que empurrou meu braço, o que estava apoiado na cintura, deu uma rabanada e colocou-se à minha frente, entre mim e a vitrine de leites.
Imediatamente tive uma saudade danada do meu país verde-amarelo... Lá, pode até acontecer de alguém esbarrar em alguém, inadvertidamente, mas empurrar o braço da gente, propositadamente, e enfiar-se à nossa frente em uma vitrine, jamais vi acontecer.
Garanto.
Aliás, hoje estávamos conversando com um brasileiro e ele nos disse que uma italiana perguntou pra ele se no Brasil tem carro. Ele disse que ficou tão irritado que respondeu : "Não. Só tem carroça. As pessoas lá andam de carroça, principalmente em carroças da FIAT."
Esse brasileiro trabalha na FIAT aqui de Torino.
O problema é que, como bom tupinikin da Brasile, é ágil no bodoque.
O outro problema é que esse povo europeu não tem o costume de ler sobre o "resto do mundo", como dizem ser tudo que não estiver contido no mapa do que eles chamam de "primeiro mundo".
Lá no meu terceiro mundo, quando a gente, sem querer, esbarra em alguém, é costume pedir desculpas.
Agora, quando alguém empurra alguém para entrar na sua frente, costuma-se escutar uma chamadinha de atenção. Pagar uma geral, no popular do baixo clero.
Deixei por menos e ignorei o "costume" da senhora italiana porque felizmente minha tribo tupinikin é pacífica.
E quero crer que estes tenham sido casos isolados, o meu e do meu amigo brasileiro, casos acidentais, e que realmente não façam parte dos costumes dos piemonteses.
Pode ser - mas pode não ser.