MODERNO OU VIRTUAL
“Hoje pela manhã quando acordei me senti um filho moderno. Minha mãe e meu pai ralam de segunda a sábado para sustentar a casa. Eu também trabalho, recebo perto de dez Salários Mínimos e eles dois juntos perto de dois. Na minha casa (casa de meus pais) eu tenho comida, roupa lavada e passada, toalha de banho cheirosinha e cama confortável para dormir, além de muito carinho. Todos os finais de semana eu vou à balada, não curto música suave, meu negocio é pancadão. Sábado e domingo durmo o dia inteiro, porque estou cansado das noites de sono perdidas e, quando acordo, continuo tendo tudo. Meu pai tinha me dito que eu sou o tipo do filho virtual por eu não ficar com eles na sala assistindo aos programas de tv. A sala da minha casa é passagem para o quarto onde fico em frente ao microcomputador ou saída para rua.
Toda vez que minha mãe me pede ajuda para pagar as contas eu digo a ela que estou duro e ela acredita. Às vezes me pergunta o que eu faço com o dinheiro que ganho e eu nada respondo, me tranco no meu mundo, fico de cara amarrada e quando ela tenta discutir algo comigo não dou atenção, saio de fininho, exceto se o assunto for de meu interesse. Mas quando olho para ela só vejo tristeza em seu rosto.
Às vezes penso em mudar meu jeito de ser, mais que nada, está bom assim. Pai é para cuidar dos filhos a vida toda e assim vou ser enquanto eu os tiver do meu lado.
Penso ainda que por eu não tê-los pedido para nascer não tenho obrigações para com eles e muito menos com a casa deles onde moro.
Contando isto para meus amigos, um deles me disse:
- Ai, meu camarada, você precisa ajudar sua família, porque as coisas não caem do céu.
Eu o disse que ia pensar e até hoje estou pensando.Mas não sei se vou ajuda-los. Ser filho moderno é muito melhor que virtual. Sou de carne e osso e não carrego na minha genética nenhum gigabyte, sou um filho moderno, racional e não virtual”.
“Hoje pela manhã quando acordei me senti um filho moderno. Minha mãe e meu pai ralam de segunda a sábado para sustentar a casa. Eu também trabalho, recebo perto de dez Salários Mínimos e eles dois juntos perto de dois. Na minha casa (casa de meus pais) eu tenho comida, roupa lavada e passada, toalha de banho cheirosinha e cama confortável para dormir, além de muito carinho. Todos os finais de semana eu vou à balada, não curto música suave, meu negocio é pancadão. Sábado e domingo durmo o dia inteiro, porque estou cansado das noites de sono perdidas e, quando acordo, continuo tendo tudo. Meu pai tinha me dito que eu sou o tipo do filho virtual por eu não ficar com eles na sala assistindo aos programas de tv. A sala da minha casa é passagem para o quarto onde fico em frente ao microcomputador ou saída para rua.
Toda vez que minha mãe me pede ajuda para pagar as contas eu digo a ela que estou duro e ela acredita. Às vezes me pergunta o que eu faço com o dinheiro que ganho e eu nada respondo, me tranco no meu mundo, fico de cara amarrada e quando ela tenta discutir algo comigo não dou atenção, saio de fininho, exceto se o assunto for de meu interesse. Mas quando olho para ela só vejo tristeza em seu rosto.
Às vezes penso em mudar meu jeito de ser, mais que nada, está bom assim. Pai é para cuidar dos filhos a vida toda e assim vou ser enquanto eu os tiver do meu lado.
Penso ainda que por eu não tê-los pedido para nascer não tenho obrigações para com eles e muito menos com a casa deles onde moro.
Contando isto para meus amigos, um deles me disse:
- Ai, meu camarada, você precisa ajudar sua família, porque as coisas não caem do céu.
Eu o disse que ia pensar e até hoje estou pensando.Mas não sei se vou ajuda-los. Ser filho moderno é muito melhor que virtual. Sou de carne e osso e não carrego na minha genética nenhum gigabyte, sou um filho moderno, racional e não virtual”.