Pequena mulher.

Ela tem um jeito especial de andar, um jeito que é só dela. Ela mexe com todos os meus instintos. O olhar de canto que ela me lança sob os inúmeros ombros que nos separam me deixa totalmente sem rumo. E então ela sorri, fazendo o branco dos seus dentes entrarem num perfeito contraste com seu batom cor de vinho, com seu lábio carnudo, com sua pele clara. Ah, essa pequena mulher, mal sabe ela o efeito que tem sobre mim. Ela entorpece todo o meu corpo, me faz vibrar, me tira o sono. Ela aparece sempre nos momentos mais inoportunos. Uma hora está do meu lado e de repente some. Olho para todos os cantos e não a encontro, e quando simplesmente deixo pra lá, ela chega com aquele ar misterioso. Ela vem, ela me tem e provavelmente te tem também. Ela encanta todos ao seu redor e eu não os culpo, afinal, ela tem um efeito hipnotizante. Ela tem olhos robustos que parecem ler tua alma. Acho melhor não comentar sobre aqueles lindos olhos, se não perco o rumo. E novamente fui vítima de sua armadilha. Ô mulher, por que me tratas assim?

Então a noite cai, e o único pensamento que me vêm à cabeça é: Mulher é igual cigarro. A gente sabe que mata, mas continua fumando, fumando, fumando. E então eu me pergunto: Por que é que fui começar a fumar?

Fernanda Werner
Enviado por Fernanda Werner em 08/08/2013
Código do texto: T4424982
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