Eu vi o menino correndo eu vi o tempo, correndo ao redor do caminho daquele menino” (...). Mas, os meninos de hoje já não correm mais atrás das pipas, nem fazem mais seus próprios brinquedos; também não pedem mais as bênçãos aos seus pais, não sobem em ladeiras, não brincam mais de médedico, nem de papai e mamãe, nem tampouco de barra-bandeira, nem de academia, nem de amarelinha, nem... Menino de hoje deixa os adultos “na amarelinha” – situação de embaraço em que eles, os adultos, ficam de “saia justa” diante dos meninos que se “adultizam” antes do tempo. Meninos de carbureto qual frutas azedas que, por amadurecerem antes do tempo, amargam, perdem o viço e frescor... Menino de hoje não corre mais nas ladeiras, nem sobe mais nas árvores. Tampouco curtem ouvir histórias de “Trancoso”. Já não temem os "meninos carburetos", um olhar de soslaio dos seus pais em forma de reprimenda.
Menino carbureto entra e sai na internet com invejável agilidade. Desmontam e montam um computador, mas não sabem dobrar um forro de cama, nem pegar um ônibus, nem sequer, arrumar seu próprio quarto de dormir ou lavar um banheiro de casa. Não deita nem dorme mais na cama dos pais – menino carbureto deita e dorme ao lado do notebook, navegando na internet, grudado ao celular, peidando podre para pais dormirem cedo sem lhes incomodar... Menino carbureto tem “querer” demais para limites de menos que seus pais nunca lhe deram. Menino carbureto quando fica de “talo duro” já não quer mais sair em companhia dos pais – tem vergonha deles e eles, quá, quá, quá, acham graça... Menino carbureto quando cresce só vive de balada, enquanto seus pais, sem dormir, aguardam em casa que eles liguem no celular para serem buscados na esbórnia.
“Eu vi um menino correndo com a arma em punho”... Matou o pai, matou a mãe, a avó e a tia. E se matou! Porque menino carbureto não sabe do amor, nem dele se sente parte. Menino carbureto vai a escola, mas não gosta de aula. Bate no professor e se arma sob álibis, porque álibi é coisa de adulto que menino carbureto usa pra se proteger nas suas mentiras tantas vezes consentidas pelos pais como se verdades fossem.
Eu vi um menino correndo: não era atrás de uma bola de gude, mas era fugindo da escola para assaltar na esquina; não era atrás de uma pipa, mas era procurando (revolver em punho), o futuro da sua vida como se alguém lhe tivesse dito que seu futuro estava debaixo de um viaduto qualquer de uma cidade qualquer, ou numa “baforada” qualquer, ou numa “cheirada” qualquer...
Menino carbureto entra e sai na internet com invejável agilidade. Desmontam e montam um computador, mas não sabem dobrar um forro de cama, nem pegar um ônibus, nem sequer, arrumar seu próprio quarto de dormir ou lavar um banheiro de casa. Não deita nem dorme mais na cama dos pais – menino carbureto deita e dorme ao lado do notebook, navegando na internet, grudado ao celular, peidando podre para pais dormirem cedo sem lhes incomodar... Menino carbureto tem “querer” demais para limites de menos que seus pais nunca lhe deram. Menino carbureto quando fica de “talo duro” já não quer mais sair em companhia dos pais – tem vergonha deles e eles, quá, quá, quá, acham graça... Menino carbureto quando cresce só vive de balada, enquanto seus pais, sem dormir, aguardam em casa que eles liguem no celular para serem buscados na esbórnia.
“Eu vi um menino correndo com a arma em punho”... Matou o pai, matou a mãe, a avó e a tia. E se matou! Porque menino carbureto não sabe do amor, nem dele se sente parte. Menino carbureto vai a escola, mas não gosta de aula. Bate no professor e se arma sob álibis, porque álibi é coisa de adulto que menino carbureto usa pra se proteger nas suas mentiras tantas vezes consentidas pelos pais como se verdades fossem.
Eu vi um menino correndo: não era atrás de uma bola de gude, mas era fugindo da escola para assaltar na esquina; não era atrás de uma pipa, mas era procurando (revolver em punho), o futuro da sua vida como se alguém lhe tivesse dito que seu futuro estava debaixo de um viaduto qualquer de uma cidade qualquer, ou numa “baforada” qualquer, ou numa “cheirada” qualquer...