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O QUE SERÁ QUE ELES SENTEM?
Em época de manifestações violentas e agressivas contra os governos, em que há depredações de bens públicos e ameaças à própria segurança dos cidadãos comuns, é tolerável que as mesmas sejam reprimidas à altura. Não se podem tratar agressões pesadas e destrutivas com carinhos e afagos.
Os encarregados de encarar tais manifestações e tentar colocar as coisas novamente nos eixos são sempre os policiais militares, na maioria das vezes totalmente despreparados para lidar com tais situações. E não somente os que vão à linha de frente, mas também seus próprios superiores que ficam atordoados com aquilo que presenciam e não sabem se devem dizer o sim ou o não, o vai ou o fica, o bate ou o não bate.
Em 1968, época da ditadura, já era assim e nos dias de hoje continua tudo como antes no quartel de Abrantes.
Escrevi todo esse preâmbulo para colocar o que sempre pensei em situações assim. Os policiais militares, como é sabido, ganham muito mal, levando-se em consideração a imensa responsabilidade que carregam nos ombros, bem como pelo constante risco às suas próprias vidas. Além de ganharem mal, ainda trabalham com armamento muito inferior ao dos marginais que enfrentam.
Pergunto: o que será que eles sentem no seu íntimo, quando são obrigados a enfrentar milhares de manifestantes, brigando por uma causa que, em muitos casos, pode ser a mesma que a deles?
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