Crianças poupando
Eu sou do tempo que a poupança era muito importante. Vivemos hoje num mundo de consumismo onde não se pensa no futuro. O endividamento está quase generalizado.
Eu criei meus filhos ensinando que se deve poupar e ainda com um adendo, fazer o possível para que ela se torne imexível, palavra dita por um ministro da economia do governo Collor.
Mas claro que não devemos ser tão radical. Mas o que eu pensava era o seguinte, dinheiro não é tudo, mas que se podem fazer quase tudo com ele é fato. Sempre considerei que o que pudermos guardar depois do necessário, nos dá certa segurança. E pratico isso até hoje assim como meus filhos e o marido e conseguimos nos dar bem.
Outro dia escrevi um texto sobre a educação financeira. Abordei a questão de passar para as crianças o mínimo de senso de responsabilidade e ensinar eles a necessidade de entender porque se compra e para que.
Muitos pais praticam uma filosofia que só atrapalha o futuro do rebento. É quando diz: vou dar ao meu filho o que não tive. Ele não vai valorizar, pois o que é conseguido sem esforço não se dá o devido valor. Faz-se necessário que a criança receba um não quando desejar algo que não estiver ao alcance dos pais e explicar o por que. Assim crescerá um adulto com os pés no chão, sabendo valorizar inclusive a importância de trabalhar para conseguir os seus anseios.
Nós pais não tenhamos vergonha de apresentar a nossos filhos os fracassos e os sucessos com a mesma naturalidade, assim crescerão cidadãos conscientes do seu papel neste mundo tão conturbado, mas que é possível viver feliz.