Reticências sobre um ponto final.

"Eu sou aquilo que as circunstâncias me fazem ser. Eu preciso reorganiza-las. “ Assim o fiz."

Se tem um sentimento que rege o meu estado de espírito hoje, esse sentimento é gratidão.

Sempre busquei em inúmeras fontes algo que me preenchesse, que saciasse essa fome de sei lá o quê que me atormentava. Estudei e procurei conhecer várias coisas, filosofias e pessoas que tapassem esse buraco, com alguma delas até tentei me enganar, fingindo estar completo.

Pobre ilusão, só com o tempo e com a ajuda constante do Universo, fui percebendo que o que buscava não estava lá fora, em nada que fosse externo.

"Internizar" era necessário, nem sei se existe esse termo, mas eu conheço bem esse impulso.

Auto estudo, auto preenchimento, auto amor, auto perdão, auto compreensão...

E então pude notar que nem existia esse vazio, nem existia essa forma definida, essa necessidade humana e egoísta de querer compreender todas as coisas e ter controle de tudo.

Minha alma é amorfa, sem forma definida por algum termo racional, adaptável, mutável, inconstante...

Com a compreensão, talvez passageira, talvez incerta, que diferença faz?

Dessas coisas e fatores é que começo a sentir que posso aprender com o externo e tirar lições de tudo que venha a acontecer no meu caminho.

Sigo em expansão, experimentando, aprendendo, agregando e amando.

Com uma consciência maior do que é o amor, do quanto ele é pessoal e quase independe do que se é amado.

Muito amor e Gratidão.

As dores, neuras, erros e fracassos que me fazem hoje mais calejado e ciente de que a dor passa, como quase tudo, o amor ainda acho que fica.

Gratidão aos meus mestres nesse plano, aos seres, elementos, estrelas, galáxias e todo o mistério infinito do Universo.

Mas principalmente aos espíritos, as pessoas, que esse tal Universo parece escolher a dedo pra colocar no meu círculo.

Desde o espírito que me gerou em seu ventre até aquele que conheci melhor ontem, e com seu auto conhecimento, me ensinou mais sobre o meu e me inspirou a escrever esse texto, meio vomitado e impulsivo, mas necessário.