O RESULTADO DA SOMA
Autor: Floriano Silva
Ah! Minhas convicções adoecem com as infundadas críticas, acusações e por fim, a condenação. O livre-arbítrio foi ofertado, a mim cabe o arrependimento e dele o perdão, mesmo assim cada passo avante é com o consentimento do senhor, para o juízo final deixo o preço da paga. Se a minha preferencia é, amarelo a vermelho, basebol a futebol, Rum, Pi, Le, harpa ou órgão, águia a galinha, venerar, adorar idolatrar, rezar, orar, desejar axé, ou qualquer outra condição que induza ao contraditório, mereço respeito. Anjos e demônios povoam o espaço a espera do momento de fragilidade e sem o manto protetor que envolve a humanidade, o abraço fatal da tentação, caso Deus não seja consigo.
No campo comum impera o desrespeito, pois saiba que a palavra proferida não tem volta, “vai saber de onde vem a tua ameaça”. Não estais em casa, então não faça deste solo uma arena. Não há inteligência e nem sabedoria quando desmerece aquele que se manifesta. Pela paz e na santa paz os diferentes espécimes “deveriam” conviver e tinha de ser você “ser pensante”, esqueceu o que aprendeu?
O galo manda no terreiro e canta no seu poleiro para espantar a ameaça. Daí quem não soma nem multiplica, apenas diminui e divide, toma a frente com discursos pomposos, porém despido de atitudes, impensadamente não respeita nada e nem ninguém, simplesmente por se achar o melhor, ou melhor, o único caminho de verdade sem ao longo desses anos jamais ter convencido nem mesmo a si próprio.
“O Ímpio contraria à fé”. Já “um impio ofende o que se considera digno de respeito, é um desumano, é cruel”.
Percebo o verde, o branco, o preto e as demais cores dando o tom, harmonizando a natureza, e você quer se impor como se tentasse uma comunicação com uma língua inútil em meio a dialetos africano.
Já parou para pensar, sentamos todos à mesa: Eu; você; professores que formam sua opinião; empresários que custeiam os proventos que você compra o pão que alimenta os teus; doutores da medicina que amenizam o teu sofrimento ou dor e acredite, são anjos entre nós, porém mortais que professam diversa fé e você não os amaldiçoa pelo contrário bebe dessa fonte que te mantem vivo, faz desse cardápio teu “mal necessário”. O que me conforta é saber que o fim é comum a todos nós o que difere é o caminho que percorremos até lá. É preciso sabedoria. Que queime e arda na fogueira do inferno todo o mal que na terra testemunhamos. Eis aqui a difícil convivência entre os homens.
Pare! Ouça, sinta, “a coisa” está de ronda e a paz se esvai.
Não, não me diga nada. Primeiro responda a tua consciência, pois é ela quem te cobra ao deitar ao travesseiro, depois encare os filhos, teus discípulos, dai, revele a profecia aos fieis, pois eu lá estarei para testemunhar e te amparar se acaso tropeçar.
Foi o estudo que te fez uma pessoa diferente e com a luz dos esclarecimentos aumentou o poder de persuasão, no bojo a manipulação de fatos e estatísticas. Condenas aquele que não reza na tua cartilha, mas admita, tem fé, sonha e caminha com ideais utópicos, haja vista que as regras já foram estabelecidas. “É a escravização do homem pelo homem”. Mesmo assim acorda e luta harmoniosamente assim como o tom das cores. Se Deus não faz acepção de pessoa aqui na terra, não faças tu assim.
Desprovido de entendimentos você tenta me flechar, insiste em apedrejar o telhado alheio, mas se esquece de que o seu é de vidro e diante da complexidade do fazer sacro é ele quem deixa os lares e famílias abençoados todos os dias. Com o coração transbordando de infelicidade sigo a dura convivência entre os carrascos da fé que não admitem cor, liberdade de expressão muito menos credos diferentes e como resposta deixo apenas as lágrimas em forma de versos.
E o resultado da soma é. Uma Corrida atrás do nada!