Diário de um ex-universitário

Eu nunca dei muita importância ao “estágio” até me ver formado e sem emprego garantido na área em que estudei. Talvez pela imaturidade, quem sabe por esta ânsia juvenil de querer aproveitar o momento sem se importar com o amanhã. Conhecimento sem prática é como ter dinheiro e não saber como e com o que gastar. Quanto mais o tempo passa, tudo que se sabe corre e risco de ficar no limbo e cair no esquecimento. Cobranças? Muitas... “Você já se formou? Não está trabalhando?” Aí a gente tem que se justificar dizendo “estou procurando, mas está difícil”. Difícil de procurar ou difícil de conseguir? Os dois. Pode ser falta de interesse mesmo, pois todas profissões são concorridas. Ninguém quer aquele que é “mediano”, porque o mercado exige muito. Mas o que fazer se você não tem experiência, referência, “padrinhos”, “quem te indica”? Passa a atirar pra todo lado, se candidatando a vagas que não tem nada a ver com o que você estudou. Triste? Muito! Mas aí você percebe que grande parte de seus colegas de faculdade estão bem sucedidos e você mal começou sua carreira. É lamentoso! O tempo está passando e sua “batata” ta assando! Vejo que tenho que recomeçar. Se não quero a carreira pública, no meio privado vence quem se destaca e não aquele que é comum, sem diferenciais. E é essa vontade de começar de novo que alimenta a esperança de um dia poder ser reconhecido pelo que é e não pelo que foi.

Vinícius Vendrame
Enviado por Vinícius Vendrame em 03/08/2013
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