A MORTE NÃO EXISTE

Na mala vários livros viajaram comigo. Dentre eles, um que seria relido por mim, cujo título é:  "A roda da vida", de autoria da Doutora Elizabeth Kubler-Ross, uma médica Psiquiatra, nascida na Suiça e naturalizada Americana, país que escolheu para viver, fazer suas pesquisas, exercer sua profissão, ter seus filhos e morrer.

A Doutora Elizabeth, foi a mulher que mudou a maneira como o mundo pensava sobre a morte e o morrer. Através de seus vários livros e muitos anos de trabalho com crianças, pacientes de AIDS e idosos portadores de doenças fatais, ela trouxe consolo e compreensão para milhões de pessoas que tentavam lidar com a própria finitude ou a de entes queridos.
Kubler-Ross, tornou-se mundialmente famosa, em seus estudos e livros sentenciou: "A MORTE NÃO EXISTE".

Li todos os livros escritos por essa excelente mulher, ilustre pesquisadora e médica. Esse "A roda da vida", é uma auto-biografia dela. Onde ela reconstitui o desenvolvimento intelecutual e espiritual de seu destino.
Suas firmes convicções já estavam presentes na menina Suiça, inteligente, sem fronteiras em sua alma. Continuaram a existir na jovem, que sonhava em conhecer os campos de concentração, e de alguma maneira sair pelo mundo servindo ao seu semelhante.

Eu acredito que, para quem procura com afinco, os caminhos se abrem, e Elizabeth, muito jovem ainda, foi convidada a fazer parte do grupo humanitario IVSP, para ajudar o povo Polonês, logo após a segunda grande guerra. 
Nessa aventura de amor ao próximo, ela conheceu de perto as injustiças da guerra. 
Ao visitar Maidanek, uma famosa usina da morte de Hitler, ela foi impelida a ver com os próprios olhos o horror, pelo qual passaram milhares de judeus.
O que chamou sua atenção nos dormitorios repletos de beliches amontoados, foram os desenhos de borboletas, que se repetiam as dezenas, incrustados nas madeiras das camas e nas paredes.
Aos poucos foi entendendo, que nos desenhos havia a mensagem de esperança, a fé, que existia em todos eles, de que a vida se transforma, como a borboleta mas não é finita.

Mais tarde, essa corajosa e brilhante pesquisadora, transmitiu em seus famosos e concorridos seminários sobre a morte e o morrer, que aconteciam na Universidade de Chicago, suas experiências surpreendentes com os que já haviam morrido, e voltaram para contar à ela. Suas vivências com os pacientes em estado terminal, como eles se sentiam diante da morte eminente.

Elizabeth Kubler-Ross, foi autora de outros livros, um melhor que o outro. Já os li todos, por mais de uma vez, e os recomendo, a quem quer conhecer um pouco melhor sobre um assunto que ainda é tabu: A morte.
A brilhante pesquisadora, levantou véus, e trouxe luz ao entendimento dessa amiga misteriosa que rodeia a todos nós, e em cujos braços um dia iremos nos deitar. Ninguém dela escapará. Então, o ideal é conhecê-la melhor, e entender que ela não é o fim do caminho. Somente uma metamorfose, assim, como ocorre com a borboleta.


(Imagem: Lenapena- Central Park)
 Obs.: apenas uma curiosidade, ontem enquanto relia o livro: A roda da vida,  sentada em um banco no Central Park, essa borboleta que fotografei, insistia em chamar minha atenção. Como não creio em acasos....
Lenapena
Enviado por Lenapena em 03/08/2013
Reeditado em 03/08/2013
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