Me vê uma mágoa, que eu quero ser feliz!

Não se engane. Chega um momento em que o amor vira mágoa. E aí, amigo, quando acontece, sai de baixo. Mas esse ponto do relacionamento não me interessa, pelo menos não aqui nesse texto. O que eu quero falar mesmo é sobre a transformação reversa: quando a mágoa vira amor.

Pode ser mágoa de final de relacionamento, mágoa de carapuça vestida por engano (ou não), mágoa de piada que passou dos limites, mágoa porque o outro esqueceu algo que você acha que ele deveria lembrar. Mágoa. De qualquer tipo que seja, mais cedo ou mais tarde, ela pode virar amor. Então se você guarda ressentimentos da briga que teve há três meses com o gordinho seboso do apartamento de cima, cuidado. Há grandes chances de surgir um romance qualquer dia.

A mágoa que vira amor é algo tão incrivelmente bom que chega a ser melhor que o amor antes de virar mágoa. Complicado? Lê de novo e segue adiante.

O amor surge de algum lugar que a gente não sabe onde. Surge quase perfeito e sem empecilhos, de deixar com inveja qualquer casal de novela da Globo, que só encontram a paz no final da trama, tadinhos. Já o amor que surge da mágoa, esse só pelo nome a gente sabe de onde veio e por isso já ganha pontos e sai da categoria de coisas inexplicáveis da vida.

Diferente do amor comum, o amor-mágoa é mais intenso, pois além de todos os ingredientes do amor ele pega emprestada toda a paixão da mágoa. Mas nossa, paixão da mágoa? Sim, afinal se você não sente mágoa, raiva ou qualquer outro sentimento ruim com paixão, não faz sentido senti-lo. Sem paixão, em menos de três minutos sua mágoa foi por água abaixo.

Por isso, se você está à procura de um relacionamento excitante e ao mesmo tempo duradouro, procure antes de tudo plantar uma mágoa daquelas para só então se apaixonar e viver feliz para sempre. E não, não precisa me agradecer pela dica. Estamos aí pra isso.