"GERAÇÃO PREGUIÇOSA' Crônica de: Flávio Cavalcante
GERAÇÃO PREGUIÇOSA
Crônica de:
Flávio Cavalcante
Ás vezes fico me perguntando se eu tive uma infância mesmo, ou essa geração de hoje é quem realmente goza de uma juventude cheia prazer. No meu tempo de criança, quantas vezes não tive que usar da minha imaginação para fabricar o meu próprio brinquedo, de queimar as pestanas decorando a tabuada para me virar nas provas difíceis de matemática, de ter que ir á pé com a namorada num cinema para assistir um filme pela dificuldade de se possuir pelo menos uma bicicleta, carro então era artigo de luxo. Não existia essa facilidade que existe hoje e o poder gozar da tecnologia no atual.
MAS SERÁ QUE HOJE É MELHOR MESMO?
Antigamente, o sonho de uma garota era uma ter uma boneca da estrela, mesmo que ela não piscasse um olho sequer, mas, a marca enchia os olhos das meninas. Eu por exemplo, quando criança, sempre tive o sonho de possuir um boneco chamado “Falcon” Um boneco feio que hoje em dia certamente até assustaria a criançada. Mas era uma febre e meus pais não tinham condições financeiras de me dar esse prazer com concretizar o meu sonho. Aliás, um simples sonho em si comparando com a atualidade.
MAS SERÁ QUE HOJE É MELHOR MESMO?
Lembro-me quando criança que a minha já achava aqueles brinquedos da estrela coisa de última geração e dizia que na infância dela, pegava umas plantas rasteiras que dava em cercado, que parecem uns pepinos e aí, ela usava da imaginação para fabricar sua própria boneca. Fazia olhos e bocas, costurava vestidos de trapos e dizia ser bonecas. Quando os pais tinham condições, compravam umas bonecas feitas de pano que vendiam nas feiras livres da cidade.
MAS SERÁ QUE HOJE É MELHOR MESMO?
A infância era sadia. Podia não ter a tecnologia e a facilidade que se tem nos tempos de hoje; mas, percebia-se claramente que as pessoas viviam mais felizes e ainda hoje, essas crianças que no atual, são papais, mamães e até vovôs e vovós, choram de saudade quando encontram um artigo destes expostos em algum site de relacionamento como fundo de nostalgia.
Vejo que esses jovens do passado ainda guardam a saudade de outrora. Época em que se via os pais conversando, rezando antes almoço e do jantar, via os amiguinhos se reunindo na pra brincar de brincadeiras saudáveis e inocentes. Época que o respeito pelo outrem predominava, principalmente quando se tratava dos pais ou de pessoas mais velhas.
A criança já chega em casa, nem fala com os pais direito e vai direto por computador. A vida se resume, num tablet, computador, um celular andróide e outras parafernálias mais, que a criança se resume á solidão do seu quarto e seus amigos virtuais.
MAS SERÁ QUE HOJE É MELHOR MESMO?
O resultado de tudo isto, em minha opinião, se tornou uma geração preguiçosa. A máquina dita todas as regras, a juventude cria seu dialeto próprio assassinando uma língua tão bonita que é a língua portuguesa. O futuro resulta na reprovação em massa quando se vai fazer uma redação numa faculdade, a alienação da meio digital, trouxe a burrice para as residências, não dando oportunidade de aprendizado para essa juventude sequer, fazer uma conta de adição, subtração, multiplica ou mesmo divisão, sem usar a maldita calculadora, se é que elas sabem o que significa cada palavra citada anteriormente, onde hoje já é obrigatória nas escolas a maldita máquina que deveriam proibir terminantemente o uso da tal, conforme nos tempo de outrora.
Lamentavelmente estamos diante de uma realidade nua e crua, onde o mundo teve um “AVANÇO” dando alguns cinco passos á frente o que em minha opinião retroagiu alguns dez.
ONDE ESTÁ O CULPADO DESSA ATROCIDADE?
Flávio Cavalcante