UM ROUXINOL
Sai sem destino, assim como gosto de fazer quando estou por aqui. Ao passar pelo Central Park, aceitei sem vacilar o convite da natureza que reina por lá.
Dia ensolarado, com temperatura mais semelhante a outono do que a verão, deixa a caminhada ainda mais gostosa.
Já havia andado muitos e muitos metros admirando tudo à minha volta.
Até uma partida de beisebol me sentei para assistir. Confesso que pouco entendi, mas me diverti, vendo a alegria da torcida e o empenho dos jogadores.
Foi de repente, que ouvi uma voz que não parecia da terra, tão afinada e bela, se fazia. Senti um convite irresistível para chegar mais perto e descobrir de quem era.
Em meio ao corredor de arcos, que há ali, no parque, uma moça de origem oriental (pareceu-me chinesa) deixava escapar de sua boca, um som de rara beleza. Parecia mais um canto de rouxinol que humano, tão harmonioso era.
Naquele momento ela cantava: "O Mio Babbino Caro", em seguida cantou: "Ave Maria".
Acompanhavam-na, um músico, que dedilhava seu rabecão, enquanto uma moça, tirava um som belíssimo de seu violino.
Fiquei ali, em estado de graça, não sabia se somente ouvia, se agradecia ao Criador pelo presente daqueles momentos, ou se fotografava.
Acabei fazendo os três.
Não sei bem por quanto tempo fiquei ali ouvindo aqueles artistas com "A" maiúsculo. Muitas pessoas, assim como eu, assistiram a apresentação, em pleno parque.
Quando o grupo deu um intervalo, percebi em uma mesinha montada ao lado, CDs para serem vendidos.
Cheguei mais perto, esperei minha vez, pois muitos turistas e residentes da cidade, compravam os CDs. Quando chegou minha vez, perguntei o valor, entendi que cada um custava 15 dolares. Trouxe dois.
Hoje, estou aqui degustando o som, que ontem tive o presente de ouvir ao vivo, a cores, e ao lado de uma natureza linda que existe no Central Park.
Quando vejo artistas com tanto talento, como aqueles, percebo que de fato, a arte nunca irá morrer, não importa o quanto de joio se misture entre o trigo. Ela, a verdadeira arte, sempre terá espaço garantido.
(Imagem: Lenapena - Central Park)
Sai sem destino, assim como gosto de fazer quando estou por aqui. Ao passar pelo Central Park, aceitei sem vacilar o convite da natureza que reina por lá.
Dia ensolarado, com temperatura mais semelhante a outono do que a verão, deixa a caminhada ainda mais gostosa.
Já havia andado muitos e muitos metros admirando tudo à minha volta.
Até uma partida de beisebol me sentei para assistir. Confesso que pouco entendi, mas me diverti, vendo a alegria da torcida e o empenho dos jogadores.
Foi de repente, que ouvi uma voz que não parecia da terra, tão afinada e bela, se fazia. Senti um convite irresistível para chegar mais perto e descobrir de quem era.
Em meio ao corredor de arcos, que há ali, no parque, uma moça de origem oriental (pareceu-me chinesa) deixava escapar de sua boca, um som de rara beleza. Parecia mais um canto de rouxinol que humano, tão harmonioso era.
Naquele momento ela cantava: "O Mio Babbino Caro", em seguida cantou: "Ave Maria".
Acompanhavam-na, um músico, que dedilhava seu rabecão, enquanto uma moça, tirava um som belíssimo de seu violino.
Fiquei ali, em estado de graça, não sabia se somente ouvia, se agradecia ao Criador pelo presente daqueles momentos, ou se fotografava.
Acabei fazendo os três.
Não sei bem por quanto tempo fiquei ali ouvindo aqueles artistas com "A" maiúsculo. Muitas pessoas, assim como eu, assistiram a apresentação, em pleno parque.
Quando o grupo deu um intervalo, percebi em uma mesinha montada ao lado, CDs para serem vendidos.
Cheguei mais perto, esperei minha vez, pois muitos turistas e residentes da cidade, compravam os CDs. Quando chegou minha vez, perguntei o valor, entendi que cada um custava 15 dolares. Trouxe dois.
Hoje, estou aqui degustando o som, que ontem tive o presente de ouvir ao vivo, a cores, e ao lado de uma natureza linda que existe no Central Park.
Quando vejo artistas com tanto talento, como aqueles, percebo que de fato, a arte nunca irá morrer, não importa o quanto de joio se misture entre o trigo. Ela, a verdadeira arte, sempre terá espaço garantido.
(Imagem: Lenapena - Central Park)