O Eu Cético
Ora me conheço, ora me desconheço. Pois, mesmo se duvida, eu sei. Uma aparência movida de alegria que dispersa em estado feliz. Inteligência à moda da casa: boa para quem habita. Ainda que não conheça, há bom conhecimento de dúvida para bom ‘duvidor’. Decepciono quem merece e repele quem lhe atrai. Ou melhor, boa cantada de passarinho para a galinha que não aprendeu a ser livre e voar. Quê? Te enganas? Não! Algo curioso. Sempre buscando o melhor possível para si e para outrem. Olhos sempre abertos para te devorar. Tanto é verdade que mentir é possível e considerável. Eu? Pirrônico de que ‘Deus’ é agnóstico e não soube me compreender. Boca para pensar. Ouvido para falar. Nariz para ver e olhos que escutam. Isso mesmo. Hiperbólica falácia com ou sem formalidade. Consigo enxergar a minha nobreza e o amor mal amado. Essas pessoas carnívoras de si mesmo. Idiotas, preparam a própria sepultura. Que razão eu tenho? Altas racionalidades da realidade. Um ser expoente, que recebeu influências paternas e maternas. Auto-didático. Me conhece? Obvio. Um ser capaz de lhe dar e controlar suas atitudes. Gostar do outro que é o mesmo eu e do diferente meu. Espécie de amor que não existe. Hipócrita. Ou também, defendido pelo inexistente. Tal amor é verdadeiro, certo? Não. Será difícil conhecer isso. Sentimentos meus que abrigam outros Cáceres. Entretanto... Que nada, mudando de assunto, educação é essencial. Rico ou pobre. Uso sempre. Alma milionária ou enganada. Agradeço-lhes como o próprio amor, algo de muita valia. Rosto apático para expressões frustradas e medíocres. Todos os ‘só-risos’ para alguns que ainda me conhece. Me engano fazendo o bem sem julgar a vítima. Uma filantropia indescritível ou gesto de falar com as palavras. Enfim, a única justificativa para tudo é que ao fato de amar, desejar, degustar. Que seja. Sou feliz porque vivo e não porque existo.