RECADO DO PAPA.
Ninguém na vida, sendo bom ou não, navega em mar de almirante e voa em céu de brigadeiro para sempre. Por isto a máxima conhecida, “não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe”.
Perguntado sobre as causas dos protestos dos jovens pelo jornalista Gerson Camaroti no programa “ Fantástico” da Globo, em entrevista concedida, o Papa Francisco disse que desconhecia as causas, e só falava sobre o que conhece, mas aditou, não gosto de jovens que não protestam.
Logicamente o Papa não podia responder uma pergunta específica com consequências explosivas na mídia. Além de líder religioso estava no Brasil como Chefe de Estado.Mas falou em gênero sobre o que acontece em suas várias manifestações, asseverando a destinação da política ao bem comum e a obrigação do cristão dela participar, dizendo que “ NÓS CRISTÃOS NÃO PODEMOS NOS FINGIR DE PILATOS E LAVAR AS MÃOS”, a ação política “É DAS MAIS ALTAS FORMAS DE CARIDADE”.
Deu, assim, o tom do ponto nevrálgico da pergunta que não pôde responder ao jornalista Camaroti, mas pode didaticamente referir em um de seus pronunciamentos fundamentais, direcionados aos jovens que “POSSUEM UMA SENSIBILIDADE ESPECIAL FRENTE ÀS INJUSTIÇAS, MAS MUITAS VEZES SE DESILUDEM COM AS NOTÍCIAS QUE FALAM DE CORRUPÇÃO, COM PESSOAS QUE, EM VEZ DE BUSCAR O BEM COMUM , PROCURAM SEU PRÓPRIO BENEFÍCIO”.
Sabe-se na escola do mundo, que a história ensina, que o homem detentor de poder tem esse defeito em gigantesca proporção, usar o poder em benefício próprio, mas é bom que isso sempre seja apregoado como um mal que precisa correção.
Um exemplar nobre da criação pode com muita mais força elevar sua voz respeitada mundialmente para justificar em gênero o que ocorre no Brasil.Não em vão vai com saudades, como disse em seu último aceno no Galeão antes de partir, e deixa saudades e a admiração do povo comovido.
Que o seguidor maior vivo do Cristo possa ser ouvido.