Recordações

Como dizem, tudo na vida passa, os que hoje adultos, também já foram criança e esta fase lembram com uma maior ou menor dose de nostalgia. Naquela época, apesar de vivenciar cada um a sua realidade, não tínhamos consciência da vida. O futuro parecia algo misterioso, muito distante. Naquela época éramos rei, éramos rainha e nossa natural ingenuidade, nossa imaginação sempre era embalada por muita fantasia e sonho. Apesar da obediência aos pais, do compromisso com a escola, com os temas e provas, a vida era recheada com muita brincadeira e alegria, sem preocupações. Pais e professores eram mais respeitados, mais valorizados do que os dos dias atuais. Apesar da rigidez da época, salvaram-se todos ou quase todos, pois. A maioria das pessoas hoje crescidas, com carinho guarda esta fase da vida.

Logo a seguir, o natural desabrochar, o despertar para a curiosidade, leva o adolescente a ansiar em se tornar adulto. Assim a vida vai seguindo seu curso, moldando a cada um conforme sua natureza já pré estabelecida, juntamente com a educação recebida. Aí que mora a grande diferença, do que a criança virá a ser ou não quando adulta.

Depois de já adultos, por mais que possamos imaginar túneis que nos levem de volta ao passado, a volta à meninice, impossível! O que podemos, isso sim, mentalmente a todas as idades retornar. Por isso que dizem, recordar é viver, se bem que não devemos viver só pensando no passado. Dizem até que o passado morreu, está enterrado, que não devemos olhar para trás, mas penso que não é bem assim, serve ele para avaliar e melhorar as ações para o futuro.

Quer queiramos ou não, tudo o que foi vivido faz parte da nossa história, e o lado criança que muitos conservam, talvez seja uma forma inconsciente de tentar resgatar aquela época que não volta mais.

Outra maneira que as pessoas adotam para lembrar do passado é encher a casa de fotografias. Por causa desta necessidade de lembrar de tempos idos é que pessoas, principalmente as com mais idade adoram remexer gavetas, vasculhar baús em busca de lembranças para reavivar sua memória. Com as fotos encontradas enfeitam a sala, até a casa toda. Podemos então ver por cima de cômodas, mesinhas, fotografias não só delas quando jovens, mas também de entes que já estão em outro plano. De pais, de avós, de filhos, de pessoas queridas que estão longe ou nem tão longe assim. E mesmo das que com elas mantém estreitos laços de convivência e amizade.

Quanto aos jovens, óbvio que eles também tem suas recordações guardadas, mas não só no coração, como também e muito se utilizam do que há de mais inovador em termos tecnológicos. É a época atual, a era

digital. Uma vez de posse dum computador, entram no facebook e postam quantas fotos quiserem. Até no celular e mais onde até nem sei. Por ali desfilam milhares de fotos, é só clicar e pronto, tudo o que eles quiserem está ali.

Lembranças temos, não só de pessoas, mas também de pontos turísticos, de quando em férias, durante viagens. Logicamente também lembramos do nosso lugar de origem, este, ao longo do tempo, como tudo na vida, vai se modificando, mas a sua essência ali permanece. Como exemplo, para quem cresceu às margens do Rio Pardinho, continua ele a testemunhar as gerações que vão se sucedendo. Suas águas continuam deslizando suavemente, abastecendo... Não o deixemos agonizar, cuidados pois a merecer.

Em muitos casos, o sonho é o bem mais valioso para muitas crianças, e quando começarem a tomar consciência da vida, é que o sonho passa a transformar-se em esperança.

iranibenderscs
Enviado por iranibenderscs em 28/07/2013
Reeditado em 29/07/2013
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