Qualquer coisa
Há dois dias não conseguia escrever nada. Rascunhava, rasgava. Tentava daqui, tentava dali. Fui para o computador, reli alguns esboços que havia feito, tentando em vão alguma inspiração. Nada. Nadica de nada. Tencionava fazer uma resenha daquele livro que havia lido. Piorou. Minha cabeça parecia oca. Alguns costumam chamar essa síndrome de “pavor do papel em branco” ou crise de ideias originais. que às vezes acomete a mente criativa do escritor.
alguns dos meus admiradores, os mais próximos, e digo com orgulho que entre eles está a minha amada esposa, costumam dizer que eu escrevo “na velocidade do pensamento”.
Socorro! Minha mente congelou. Estou num terrível e constrangedor limbo literário.
Não se culpe por isso! - Pensei comigo. - Os grandes escritores também tiveram seus momentos de bloqueio.
E eu ali, parado feito uma múmia, olhando fixamente para o nada. Sorumbático. Remexendo na minha cabeça. Desafiando meus neurônios. Se saía alguma coisa. Nada.
Já era noite e após o jantar, tentei mais um pouco e nada.
Nisso aparece minha esposa e me vendo aborrecido, da porta, onde estava, me diz : - Ah, querido ! Escreva qualquer coisa... Você consegue.
Ajudou muito!
Dito e feito; “QUALQUER COISA” - escrevi, e fui pra cama.