Houve um tempo...
Houve um tempo em que conversar, era mais
que breves instantes de falas ao telefone. Olhava-se nos olhos. Apertavam-se as mãos, estas que muitas vezes
consolavam com afagos, a tristeza...
Houve um tempo em que o brincar de crianças era
mais inocente que o apertar de teclas e botões, em busca
de vitórias em batalhas e jogos de um computador ou
video game. Consistia na alegria de um “game” de
bolinhas de gude, batalhas de um pega-pega ou músicas e
palmas em uma brincadeira de roda...
Houve um tempo em que, carinho de pai e mãe era
mais concreto que um mero “Já é hora de ir pra cama!”.
Era o dialogar à mesa, o passeio em casa dos avós, o ir
juntos a igreja aos domingos...
Houve um tempo que era considerado normal: pedir a
benção aos mais velhos, abraçar um amigo e até andar de
mãos dadas com o namorado...
Saudades daqueles tempos em que, todos tinham mais
tempo para conversar, respeitar, se amar,
compartilhar calor humano...