SIM, NÓS SOMOS TUPINIQUINS!
A cara do Brasil não é branca, nem de classe média... o povão é mulato e pobre e não usa máscara de mandarim fajuto.... por quem estamos falando aqui? O povão mulato e pobre não foi às ruas vandalizar e quebrar vidraças porque estava ocupado em sobreviver. O povão não recebeu balas de borracha em passeata, ele recebe balas de verdade todos os dias de todos esses anos. O povão do Amazonas que é ameaçado de morte e morre mesmo, por defender um direito legítimo de cuidar do que também é nosso, recebe balas de verdade dos ditos fazendeiros espoliadores. O povão sem terra vaga pelo país e se constitui num povo à parte, mas também eles são mortos nas passeatas da vida real por jagunços e pela polícia. Então, meus guris, não cubram o rosto, não façam passeata por cinco itens que um mascarado lhes ditou, ah, este Brasil que se aglomerou em cidades inabitáveis e é estranho à terra que o gerou. E que se perdeu das suas origens, perdeu seu traço mais marcante de identidade numa assepsia provocada por esta invasão estrangeira que colocou coca cola nas nossas veias, e nos imbecilizou diante da tele tela , esta sim, a grande e nefasta religião do plim plim. Que manda os meninos pra Disney como prêmio, que acha que Miami é a coisa mais linda deste mundo, equanto pensa que cidades históricas só tem velharias. Este é o traço cruel que marca uma classe encarregada de levar as bandeiras à frente do povo que se massifica em cidades enormes e hoje em rincões mais afastados também. Felizmente, entre nós da chamada classe média, já contamos com pessoas que realmente acordaram pra crueldade que se tem praticado contra o país. E fica o convite, vamos conhecer o Brasil, vamos conhecer o que é nosso antes de sonhar com paraísos de língua estrangeira por achar que aqui nada é bom o suficiente, como desejam os nossos colonizadores. Não vamos nos auto depreciar como povo e nunca ofendamos os nossos ancestrais falando que aqui é à moda tupiniquim. Aqui deve ser sim, do jeito que é bom para os brasileiros, à moda que nos aprouver, e não macaqueando sempre culturas alienígenas como quem diz, sou pobre, porém limpinho, senhor, sim senhor doutor, sim senhor imperador do raio que o parta!