O Principezinho
Qual a diferença entre um sapo e um príncipe?
As cinco cervejas que a princesa tomou.
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Quando eu era criança, um amigo de meu pai mudou-se para o exterior e herdamos uma coleção da Disney com grandes clássicos da literatura infantil. Dentre eles, Bambi.
A história começa com o nascimento do veadinho. O veado pai era figurão na selva - não me pergunte onde andava o rei-leão - e por isso, entre gorjeios, a bicharada canta, em festa: “Nasceu! Nasceu o principezinho!”
Se você é perspicaz, já entendeu porque lembrei disso. Nasceu o bebê real! Real? Os outros são virtuais? Tudo tamagoshi?
Esperado com ansiedade pelos ingleses e desocupados do mundo inteiro, o moleque nasceu igual ao Guri do Chico Buarque, sem nome. Fala sério! Nove meses e não conseguiram escolher a alcunha do pimpolho? Vai ter concurso? Se o prêmio for a mão do príncipe Harry, até eu mando sugestão. Opa! Retiro o que disse! O marido também me lê por aqui... Além disso, o órfão de Lady Dy é menino ainda e eu nem gosto de criança. Dá trabalho demais! Ainda mais criança mimada... Vai ver, nem come brócolis!! Vixe! Mas que é um piteuzinho, lá isso ele é.
Há conjeturas de que fizeram mandinga e até usaram os poderes da ciência para garantir o sexo masculino ao bebê. É que, se fosse uma menina, não tomaria a vez do tio, a quem os ingleses olham com desconfiança. Bando de lei retrógrada! Aliás, monarquia em pleno século XXI, chega a ser piada de mau gosto. Estou pasma até agora em saber que foi colocado um cavalete na frente do castelo anunciando o nascimento. Um cavalete!! Com uma nota em papel!!!
Tá! Parei aqui. Fico meio rabugenta com essas extemporaneidades. Mas reconheço que essa coisa de rei, rainha e principezinhos ou zões mexe com a cabeça da gente. Nos remete de volta à infância, aos contos de fadas, cavalheiros garbosos e princesas melífluas, ao nosso tempo de infância de coleções da Disney.
A galera gosta. Bastou o cara se destacar em alguma coisa, vira rei. Do futebol, da soja, do baião... E isto me faz lembrar: no mesmo dia perdemos Dominguinhos. Que não era rei, mas detinha a majestade. Quase pude ouvir as vozes em euforia, lá no céu:
- Chegou! Chegou o principezinho!
A história começa com o nascimento do veadinho. O veado pai era figurão na selva - não me pergunte onde andava o rei-leão - e por isso, entre gorjeios, a bicharada canta, em festa: “Nasceu! Nasceu o principezinho!”
Se você é perspicaz, já entendeu porque lembrei disso. Nasceu o bebê real! Real? Os outros são virtuais? Tudo tamagoshi?
Esperado com ansiedade pelos ingleses e desocupados do mundo inteiro, o moleque nasceu igual ao Guri do Chico Buarque, sem nome. Fala sério! Nove meses e não conseguiram escolher a alcunha do pimpolho? Vai ter concurso? Se o prêmio for a mão do príncipe Harry, até eu mando sugestão. Opa! Retiro o que disse! O marido também me lê por aqui... Além disso, o órfão de Lady Dy é menino ainda e eu nem gosto de criança. Dá trabalho demais! Ainda mais criança mimada... Vai ver, nem come brócolis!! Vixe! Mas que é um piteuzinho, lá isso ele é.
Há conjeturas de que fizeram mandinga e até usaram os poderes da ciência para garantir o sexo masculino ao bebê. É que, se fosse uma menina, não tomaria a vez do tio, a quem os ingleses olham com desconfiança. Bando de lei retrógrada! Aliás, monarquia em pleno século XXI, chega a ser piada de mau gosto. Estou pasma até agora em saber que foi colocado um cavalete na frente do castelo anunciando o nascimento. Um cavalete!! Com uma nota em papel!!!
Tá! Parei aqui. Fico meio rabugenta com essas extemporaneidades. Mas reconheço que essa coisa de rei, rainha e principezinhos ou zões mexe com a cabeça da gente. Nos remete de volta à infância, aos contos de fadas, cavalheiros garbosos e princesas melífluas, ao nosso tempo de infância de coleções da Disney.
A galera gosta. Bastou o cara se destacar em alguma coisa, vira rei. Do futebol, da soja, do baião... E isto me faz lembrar: no mesmo dia perdemos Dominguinhos. Que não era rei, mas detinha a majestade. Quase pude ouvir as vozes em euforia, lá no céu:
- Chegou! Chegou o principezinho!
Texto publicado no jornal Alô Brasilía, em sua edição de 26/07/2013.