Educação e Desenvolvimento
Vejo que atualmente, na sociedade, temos uma distinção de classes, na qual alguns são escolhidos para as linhas de produção e outros para as gerências. A frase parece óbvia, contudo se olharmos o currículo ou órgão de classe desses profissionais têm a mesma qualificação: advogados, administradores, contabilistas. A diferença reside em onde cursaram o Ensino Superior, atualmente há Instituições de Ensino Privado que ensinam apenas o básico para seus estudantes para que estes saibam o bastante para ter um título e para integrar a linha de produção de um uma empresa, sem se preocupar com a formação interdisciplinar ou análise lógica do conteúdo a ser assimilado.
Este efeito (formação em massa) que vem sendo assumido atualmente por diversas Instituições é na verdade fruto da premente necessidade do mercado em ter profissionais que tenham algum conhecimento em determinado assunto, para que sejam efetuados trabalhos mecânicos e agravado pelo precário sistema de educação básica.
Como resultado temos o analfabetismo funcional, ou seja, profissionais que não conseguem elaborar textos ou então decodificá-los, não conseguem realizar operações de complexidade elevada ou mesmo moderada. Desta forma, quando fala-se em carência por profissionais qualificados no mercado de trabalho, em grande parte podemos entender como carência por pessoas que tenham pleno domínio de sua área de atuação e possuam conhecimentos gerais suficientes para influenciar de forma positiva numa empresa a afim de não só entender os processos da empresa mas ajudar a melhorá-los para garantir a sobrevivência da empresa no mundo globalizado.
Mais preocupante é pensar na demanda de profissionais qualificados que o pais precisará, afinal nos últimos anos o países emergentes, após a crise européia, tornaram se países importantes para a estabilização da economia mundial, desta forma a entrada em empresas estrangeiras no país está cada dia mais freqüente assim como a valorização de empresas nacionais. Para tanto, estas empresas precisam importar profissionais para ocupar cargos de grande relevância.
Para resolver esta situação, é necessária uma modificação geral no sistema de educação básica do país, que por sua vez necessitaria de uma mudança cultural nos brasileiros, quanto ao ensino superior creio que uma supervisão mais efetiva do Ministério da Educação e Cultura seria o caminho mais eficiente, criando-se pólos Estaduais responsáveis por garantir a qualidade, além de uma supervisão secundária dos órgãos de classe de cada carreira.