Pai, te amo!
Não basta ter uma pessoa em quem fazer penteados aos três anos de idade ou com quem andar na garupa. Não basta levar a gente para todo o lugar ou estar presente em uma adolescência conturbada e cheia de problemas.
Não basta ser a pessoa que sorri com as suas conquistas e vibra contigo, mas também tem que ser aquele que erra sem querer e, às vezes, por querer e também por capricho. Não bastava ter me ensinado a ser quem eu sou, a me orgulhar disso e a viver uma vida honesta e calma, dentro do limite em que se pode viver.
Não... Não bastou tudo isso... Em uma semana de muitos trabalhos finais da faculdade e poucas horas pra dormir, é ele quem estava ali. Me trazendo café quentinho, pão de queijo e janta. Me esperando com o ar-condicionado ligado pra deixar meu quarto quentinho quando eu chegasse do trabalho.
Não sei se consigo retribuir à altura tudo que tu fazes por mim. Queria só agradecer e dizer o quanto eu te amo. Embora a gente brigue e se desentenda, embora muitas vezes palavras afiadas tenham sido atiradas ao vento por nós dois, nada abala o que eu sinto por ti. Te amo muito mesmo, paizinho.