Estranho Sentimento

Confesso que hoje me senti um pouco menos humano. Pelo menos de acordo com aquilo que entendemos ser racional, já nem vou entrar no mérito religioso.

Reconheço que a humanidade passa por transformações e que estas nos surpreendem. A questão é, se estas mudanças nos tornam melhores ou piores.

O homem mata e morre por motivos fúteis. Não lhe basta mais roubar o próximo, não lhe basta mais ser rude o bastante e agredir seu semelhante.

Mata.

Mata sem dó, sem consciência.

Este cenário tem sido comum nos grandes e pequenos centros, urbanos e rurais. Para ser vítima independe da idade, cor ou situação social, basta ser o empecilho – que se mova ou que fale.

Só que o homem de bem esperneia, reclama às autoridades, e espera...

Por sua vontade, distribui cartazes de “procura-se” - e reza, e chora, e torce.

Aí chega o dia em que, na brincadeira de mocinho e bandido, este é morto pelo xerife – e sem precisar de recompensa.

E o povo vibra, comemora.