CUNHA
2013. Até pode ser repetitivo, todavia não canso em afirmar minha predileção por Cunha, cidade situada no interior de São Paulo, mais precisamente no Vale do Paraíba. Seja qual for o lugar aonde você vai, a paisagem é deslumbrante.
Passei o feriado prolongado da Revolução Constitucionalista deste ano, na aprazível cidade montanhosa. Sempre convidado pelo casal Ricardo Hespanhol e a Dalva, pais de minha nora Carla casada com o Felipe, que também foram, com a Letícia e o Lucas, meus netos. Excelentes anfitriões, numa casa magnífica, de onde se vislumbra um cenário maravilhoso; em primeiro plano a cidade, e, ao fundo, a cadeia verdejante de montanhas, verdadeira muralha, sobressaindo-se a Pedra da Macela, ponto culminante do Município. Em dias de céu aberto, dela se avista Parati e Angra dos Reis.
Fomos privilegiados por dias ensolarados, apesar de a temperatura estar um tanto quanto baixa, normal nesta estação do ano. A cidade, em si, não tem grandes atrativos. Antiga, topografia acidentada, sem uma praça bonita, como é comum na maioria das cidades do interior, principalmente onde fica a igreja. Entretanto, abriga um povo acolhedor. E, interessante, nunca vi cidade tão festeira como ela. Agora, está havendo o festival de inverno, cheio de atrações, gastronômica, musical, e outras. Durante o ano, há a festa do pinhão, as aberturas dos fornos dos ceramistas, além daquelas fixas, como o carnaval, a Semana Santa, Natal, Ano Novo, e outras mais. Há artesanato de todo tipo.
Chegamos às 18 horas da sexta-feira (5). Às 19, o cappelletti in brodo na mesa. Com o friozinho que estava, nada melhor. Todavia, cadê o Ricardo? A Dalva, preocupada, foi à sua procura. Está no banho, disse. Ao entrar na sala de refeições, veio a explicação. Vindo do salão anexo à piscina, entretido com uma ligação que fazia ao celular, distraiu-se, e, num passo em falso, caiu na água!
Não pudemos conter o riso. Com isso, o celular ganho há uma semana foi para o beleléu, além de outros pertences.
Os dias que se seguiram foram de ótimos programas, principalmente no lado gastronômico. No sábado, um jantar na Adega Bacos, no domingo, um churrasco.
A segunda-feira foi reservada para uma ida à nova propriedade adquirida pelo Ricardo, um sítio chamado Terra do Sempre. Somente os homens. Fica longe, defronte à Fazenda Paraíso, também de propriedade dele. Na divisa com o Parque Estadual da Serra do Mar-Núcleo Cunha-Indaiá. Como todo lugar de Cunha, paisagem maravilhosa. A Terra do Sempre possui uma casa muito bonita, bem construída e confortável. É rodeada por um belo gramado, banhada por um riacho, e, abriga, também, uma construção onde o antigo dono pretendia explorar um restaurante. Tudo feito com muito bom gosto. A única coisa que incomoda, é a estrada. Excessivamente esburacada. Mas, a paisagem justifica.
Almoçamos num restaurante em frente, cujo proprietário, Leandro, inclusive, toma conta da Terra do Sempre. Curiosamente, ele tem como sócio um padre, que almoçou conosco. Também chamado Leandro. Além do tradicional feijão com arroz, uma boa salada, e tendo como prato principal, a deliciosa truta, muito comum na montanhosa e fria região.
No feriado (9), fomos, no almoço, a uma pousada bem bonita, chamada Dona Felicidade.
É de propriedade de um jovem casal, a Lú e o Almiro. Ele, o cozinheiro. Excelente! Comida típica brasileira, frango caipira, farofa com linguiça e torresmo, couve, mandioca frita, e uma sensacional leitoa à pururuca!
Claro, arroz e feijão! Sobremesa? Um digestivo sorvete, na estrada.
À noite, (pudera!), apenas um simples lanchinho!
Na quarta, após o café, voltamos para Santo André! Rimou!
Foto do autor: O nascer do sol em Cunha