Escrever

É difícil parar. Difícil alinhar os pensamentos. Reavaliar meus conceitos e encontrar respostas tão perdidas no meu cotidiano.

Parar? Não. Não sei. Acho que não aprendi a parar. Só paro quando escrevo! Escrever é meu encontro garantido.

Quando não sei ao certo o que estou sentindo, começo a escrever...

É incrível a percepção que isto me traz. Encaro os conflitos de frente.

A cada linha escrita, uma dúvida - um mal estar se esvai e um benquerer - uma sensação de aconchego se aproxima... Ainda bem!

Para cada texto escrito, uma lavagem na minh'alma. É poesia sentida, contos de vida...

Será crônica, esta minha vontade absurda de escrever? Deus queira que sim... É o que me acalenta a alma.

A cada texto que escrevo, tenho uma dor subtraída ou uma alegria multiplicada. Esqueço os dissabores: as contas a pagar, a promoção que não veio, o reconhecimento que não chega...

Quando escrevo, sou livre.

A literatura é a minha presa... Com ela, eu me enfrento, me revelo.

Às vezes, repriso os meus dias lendo textos escritos por mim. Há textos que me transportam a outras vidas - pura magia. Saio de mim. Vou a lugares que nunca fui, conheço pessoas que nunca vi.

Escrever é silenciar a alma, é gritar sua identidade...

É preciso coragem, meu amor!