Essência

Minha alma não tem paz, quando o riso da sua face não é sincero

Traí o que era vivo em mim, buscando sua imagem naqueles lagos

Suas tempestades despertaram aqueles pesadelos antigos

Meu caminhar sombrio te entristeceu, enquanto vendias o teu coração

Cada parte de ti tão minha, que se movia ao meu redor, como magneto

Sua presença inebriante iludiu minha morada de sonhos

Seu amor tão reprimido me aprisionou na inércia das noites sem ti

E meus passos rastejante sob o solo quente não eram notados, pois adormecia

A mentira foi meu escudo, que me entorpecia no meio do nevoeiro

Ouvia seus chamados, mas em lugar nenhum te encontrava

Canções ameaçadoras e frias como a noite de inverno me consolavam

Fechava os olhos para não ver a realidade que me assombrava

Queria congelar aquele momento pra te ouvir mais uma vez

Ainda sinto a ponta dos teus dedos em minhas mãos

O seu olhar imóvel sondando os meus, tão duvidosos quanto eu

Mostrando romantismo mascarado em promessas secretas

Suas feições puras e sinceras cantam pra mim, me desarmando

O mesmo abraço que queima e tortura é o meu refúgio

O amanhã é incerto e temeroso como um sonho sombrio sem fim

Mas o amor nos fará de abrigo se camuflando com o tempo.

Lu Veríssimo Art
Enviado por Lu Veríssimo Art em 20/07/2013
Reeditado em 23/07/2013
Código do texto: T4396060
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