A Folha do Vesúvio
Consideremos o seguinte recorte:
“...esquecidos de que, quem se bate por uma ideia nem sempre lhe usufrui os proveitos...”¹
De hoje para ontem e do passado para o presente, uma reflexão:
Há 120 anos circulava em Barbacena o jornal ‘A Folha’ do qual extraímos a citação acima. O texto em questão traz por título: Em Política.
O mesmo faz uma análise da situação de Barbacena e do país naquela época. Ou seja, expunha a rivalidade entre Republicanos, que tiveram êxito com a proclamação da forma de governo instalada, e os Monarquistas, que perderam crédito por ocasião do ocorrido.
Se o ser humano é político, percebe-se esta índole inerente como característica própria do barbacenense que participa como cidadão dos assuntos de sua localidade ou de seu país como nesta questão: Monarquia ou República.
Faz um mês que ocorreu o ‘Movimento’ que se valeu da premissa: ‘O Gigante Acordou’. O mesmo tem sido pensado, analisado, questionado e citado. Se ele, o Movimento, se diz que não levanta bandeira de nenhum partido político, não se pode dizer que não seja politizado. Porque envolve questões político-econômicas, político-sociais, político-culturais e outras.
Desta forma, em Barbacena não se fez por menos. Ocorreram ‘Movimentos’. Estamos esperando os resultados e as respostas, decorridos os dias.
Se abrimos esta ponderação com citação daquele artigo (Em Política) encerramos com outro fragmento do mesmo para refletirmos sobre as possibilidades e vontades políticas:
“...pois o papel desse punhado de moços, que fizeram a propaganda, é assistir jubilosos, envoltos nas dobras do manto da liberdade, a república honrada e estimada, lançar as bases da grandeza do Brasil pela ordem e pelo progresso, sendo-lhes, mais honroso deparar-se-lhes, como Silva Jardim, a morte no Vesúvio do que viver no vesúvio de mesquinhas ambições.”²
¹ - ² PIMENTEL, Dr. F. Mendes (redator). A Folha. Ano I. N.18. Barbacena, 9 de abril de 1893.
Barbacena,20/07/2013
Leonardo Lisbôa