PEDÁGIOS PAULISTAS

Frequentemente viajo pelas estradas pedagiadas de São Paulo e mesmo assim mal conservadas.

Em todas as viagens, mando um email para o orgão fiscalizador dessa atividade exploratória da boa fé dos cidadãos.

A resposta é sempre evasiva. Querem saber em que quilometro em que estrada a quantos metros estava o buraco que denunciei.

Resumindo, sempre digo que a estrada está toda mal conservada e que não vale a pena pagar pedágio.

Ninguém faz nada, não há reação. Seria melhor falar com as paredes.

Para quem paga IPVA e outras maravilhas da engenharia financeira criativa dos governos para bater a carteira do cidadão, pagar pedágio em estradas mal conservadas é uma afronta ao cidadão.

Seria melhor colocar balanças a cada cinquenta quilômetros e liberar o caminhoneiro do pagamento dos pedágios. Sem fiscalização, caminhões com excesso de carga deterioram a pavimentação que já é de péssima qualidade, e pagam pedágios exorbitantes.

Para compensar os pedágios exorbitantes, os caminhoneiros transportam excesso de carga. Devolvem ao estado em forma de deterioração acentuada das pistas que não são reparadas pelas concessionárias, que nos obrigam a pagar pedágio para transitar em solo marciano.

O Estado tem que repensar suas atitudes e fazer certo, com justiça e probidade administrativa.

O pedágio é um roubo institucionalizado. Tira do nosso bolso o dinheiro pago por nada. A revolta do cidadão é merecida, a irracionalidade é consentida e incentivada.