É PRECISO SABER VIVER
“Tenho andado distraido, impaciente e indeciso e ainda estou confuso, só que agora é diferente, sou tão tranquilo e tão contente”. Esses versos da música “quase sem querer”, do Legião Urbana, conseguem descrever exatamente como venho me sentido na atual fase de minha vida.
Aprendi (não sei como e não sei por que, só sei que aprendi, pelo menos até agora) a sempre estar tranquilo e contente, mesmo diante de minhas distrações, impaciências e indecisões. Gosto muito de uma das frases do Homem mais inteligente que existe. Ela diz o seguinte: “Não ande ansioso, dizendo: o que comerei, ou o que beberei, ou com que me vestirei. Busque em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas essa coisas ser-lhe-ão acrescentadas. Não fique inquieto pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”.
Esses dizeres de Jesus Cristo têm feito a DIFERENÇA em minha vida. Eu tenho todo o direito de distrair-me, de impacientar-me e, vez ou outra, de ser indeciso, porém perder a tranquilidade e o contentamento, isso eu não tenho o direito. A intranquilidade e o descontentamento levam-me a desconfiança nas palavras de Cristo e a desconfiança levar-me-á a ansiedade. Por sua vez, a ansiedade conduzir-me-á ao lugar mais escuro de minha alma. Pois é! Eu também aprendi que tenho um lado escuro, sem vida, sem alegria, sem contentamento, mas aprendi que a escuridão, nada mais é que a ausência de luz. Daí o motivo de eu sempre querer estar COM a Luz.
Tenho aprendido que a tranquilidade e o contentamento são atitudes que me fazem tremendamente bem. Aliás, só o bem. E eu estando bem comigo mesmo, consequentemente estarei de bem com o meu próximo. Já a falta de tranquilidade e contentamento levam-me a mutilar o meu corpo-alma-espírito, levam-me a flagelar-me e por conseguinte a atacar com golpes baixos àqueles que estão próximos a mim e até mesmo àqueles que me amam. Neste último caso, isso é inadmissível.
Por isso tudo é que sempre procuro estar contente, mesmo nas adversidades. Procuro sempre perguntar a mim mesmo o seguinte: “poderia ter sido pior?” Se a resposta for, “poderia, sim!” Então, não há motivo para eu perder a minha tranquilidade e contentamento. Eu ajo assim, porque eu não sou uma ilha, tenho pessoas que caminham junto comigo a mesma jornada lado a lado e elas não têm a obrigação de andarem junto a alguém de semblante, carrrancudo, sorumbático, melancólico, trombudo, embezerrado e tantos outros adjetivos que se queiram usar para descrever alguém insuportável.
Quando há “uma pedra no meio do caminho”, eu sempre as chuto para bem longe. Odeio esses tipos de predras. Sei também que elas são insignificantes e fácilmente removíveis. Por isso é que não paro e muito menos perco tempo para filosofar o porquê de elas estarem ali ou para saber qual o tipo de material que as compõem ou quem as colocou no meio caminho ou quem nasceu primeiro, se a pedra ou se o caminho. Eu simplesmente dou um bela “bicuda” nelas e vou embora.
O bem estar das pessoas que amo e o meu próprio vale muito mais do que uma miserável “pedra no meio do caminho”. Sei que há pessoas que adoram colecionar esses tipos de pedras. Sempre que chego perto de pessoas assim, eu as reconheço logo pela conversa, pois elas não falam de outra coisa que não sejam das malditas pedras. Sei também que há pessoas que gravam as imagens dessas pedras em suas “fatigadas retinas”. Eu também sei distinguir esses tipos de pessoas, pois toda vez que procuro mostrar a elas o futuro, elas nunca conseguem enxergá-lo porque sempre veem a desgraçada da pedra em sua frente. Confesso que não consigo entender esses tipos de pessoas. Acho que viver bem e feliz é mais importante que uma simples pedra.
Portanto, “é preciso saber viver, toda pedra no caminho você pode retirar”.