A BELEZA DO COTIDIANO
Ainda bocejando, desci devagar as escadas, a cada passo que eu dava, o cheiro delicioso do café recém passado, me invadia o olfato, e aguçava o paladar. Ah, como esse líquido me ajuda a despertar.
Ao passar pela sala, me deparei com as vidraças que levam à varanda, e por elas, os primeiros raios do sol incidiam.
No quintal, as palmeiras imperial, balançavam levemente suas imensas folhas, parecendo saias a bailar no ar. Rente à elas, o canteiro de azaléias, nessa época do ano, cobre o jardim de tons de maravilha, foi impossível, não parar, e dar bom dia à elas.
Por fim, cheguei à cozinha, onde meu marido, já preparava nosso suco verde. Ajudei-o, ele havia esquecido do gengibre, da batata doce e do inhame. Logo estávamos sentados em volta da mesa, saboreando, o que costumo chamar de suco da saúde.
Depois, lentamente, degustei minha xícara de café. Gosto de tomá-la, em minha varanda, ouvindo os bem-te-vis, e as ruidosas maritacas.
Ali sentada, apreciando a beleza do verde que há ao redor de minha casa, pensei que daqui há poucos dias, saiu para o que chamo de um intercâmbio tardio.
Troco um espaço grande que tenho aqui, com casa, quintal e jardim, por um apartamento, bem pequeno. Troco a vista de muito verde daqui, pela vista de um imenso rio de águas calmas.
Sempre gostei de experimentar o novo. De viver de forma diferente, coisas iguais, como o café que é o mesmo aqui ou lá, pois levo a minha marca preferida dentro da mala. A diferença corre por conta da vista, que muda, e da companhia.
Aqui estou cercada pelo amor de meu marido, filha e genro. Lá continuo rodeada pelo afeto de meu marido, filho e nora.
Aqui, cumpro uma rotina, lá outra. O que conta é que, seja aqui, ou acolá, meu cotidiano não é monótono. Porque, eu, não sou.
Cheguei aos 60 anos, o corpo se ressente, sobre alguns aspectos, mas minha alma, continua motivada, desperta para a vida.
Vejo graça e beleza, na simples ida ao mercado, imagine a expectativa para viajar! Concluo comigo, que a felicidade está onde a coloco. E percebo que a coloco em tudo que faço.
(imagem: Lenapena)
Ainda bocejando, desci devagar as escadas, a cada passo que eu dava, o cheiro delicioso do café recém passado, me invadia o olfato, e aguçava o paladar. Ah, como esse líquido me ajuda a despertar.
Ao passar pela sala, me deparei com as vidraças que levam à varanda, e por elas, os primeiros raios do sol incidiam.
No quintal, as palmeiras imperial, balançavam levemente suas imensas folhas, parecendo saias a bailar no ar. Rente à elas, o canteiro de azaléias, nessa época do ano, cobre o jardim de tons de maravilha, foi impossível, não parar, e dar bom dia à elas.
Por fim, cheguei à cozinha, onde meu marido, já preparava nosso suco verde. Ajudei-o, ele havia esquecido do gengibre, da batata doce e do inhame. Logo estávamos sentados em volta da mesa, saboreando, o que costumo chamar de suco da saúde.
Depois, lentamente, degustei minha xícara de café. Gosto de tomá-la, em minha varanda, ouvindo os bem-te-vis, e as ruidosas maritacas.
Ali sentada, apreciando a beleza do verde que há ao redor de minha casa, pensei que daqui há poucos dias, saiu para o que chamo de um intercâmbio tardio.
Troco um espaço grande que tenho aqui, com casa, quintal e jardim, por um apartamento, bem pequeno. Troco a vista de muito verde daqui, pela vista de um imenso rio de águas calmas.
Sempre gostei de experimentar o novo. De viver de forma diferente, coisas iguais, como o café que é o mesmo aqui ou lá, pois levo a minha marca preferida dentro da mala. A diferença corre por conta da vista, que muda, e da companhia.
Aqui estou cercada pelo amor de meu marido, filha e genro. Lá continuo rodeada pelo afeto de meu marido, filho e nora.
Aqui, cumpro uma rotina, lá outra. O que conta é que, seja aqui, ou acolá, meu cotidiano não é monótono. Porque, eu, não sou.
Cheguei aos 60 anos, o corpo se ressente, sobre alguns aspectos, mas minha alma, continua motivada, desperta para a vida.
Vejo graça e beleza, na simples ida ao mercado, imagine a expectativa para viajar! Concluo comigo, que a felicidade está onde a coloco. E percebo que a coloco em tudo que faço.
(imagem: Lenapena)