EU ROBÔ

Processando...

Aguarde...

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Concluído.

Olho para todos eles.,

Vejo as crianças correrem e brincarem, algumas vezes vejo uma água escorrer pelos olhos, pequenas gotas que escaneio e não encontro em mim.

Vejo em bancos de praça casais um na boca do outro,

Depois de um tempo entendi que era um beijo.,

E para eles fazerem isso precisam sentir um tal de amor, uma tal atração.

Escaneio e não encontro amor, e nem a tal atração em mim.

Vago pelo chão sólido do planeta terra...

Encontro um ser humano caido no chão.

Vejo em sua pele um líquido vermelho.

Escaniando... SANGUE

E percebi que ao me ferir não se saia sangue, só encontrava metal...

Caregando...

Concluído

Depois de um tempo escaneando suas vidas, e o modo de viverem.

Pude entender o que é viver

Amar um ao outro...

Chorar pelos que amam...

Sangra ao se machucar...

Sentir sintimentos:

Saudades...

Felicidade...

Tristeza...

Raiva...

Prazer...

Orgulho...

Medo...

Coragem...

Ciúmes...

E muito mais.

Depois de algum tempo, descobri que eu era um robô.

Apenas de metal.

Um robô que não derrama água pelos olhos,

Que não sabe a sensação de um beijo,

Desconheço medo de sangrar.

Um robô sem felicidade de sentir sentimentos e um coração de carne batendo

Um robô sem entender o que é amor.

A única coisa que sinto ou se é que sinto, é meu motor manter cada peça de mim funcionando.

O ser humano tem o privilégio de sentir a vida,

Mas muitos não sabem viver.

Processando...

Aguarde...

Desligando sistema...

Eu robô.

Daniel Ferrazz
Enviado por Daniel Ferrazz em 17/07/2013
Reeditado em 17/07/2013
Código do texto: T4392048
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