ESCRITOR OU ESCREVENTE?
                                                        
Após ter participado de um conceituado encontro literário internacional,como palestrante,tive a oportunidade de ouvir colegas de letras, brasileiros e estrangeiros, por opção própria decidi ouvir mais do que falar, e isso foi muito bom.

Meditei e, não mais esquecerei, de certa abordagem feita por uma palestrante: – Você se considera escritor,  ou escrevente?

Ficou claro o denodo de desmerecimento ao que escreve, com paixão, mas que é  anônimo e pouco experiente.Desse constrangedor questionamento, infelizmente
 aplaudido por muitos, simplesmente, porque para alguns, "a fama transforma desastre em arte", e “a linha escrita por famoso é obra literária, enquanto que a obra literária escrita por anônimo é alinhavo...” fiquei certa de que devemos acreditar em novos valores... Neles há esmero na criação, e em oferecer o seu melhor. Ouro, diamantes e outras preciosas, o são, em suas excências, precisam de pouco... serem lapidadas. Entendi, que para quem chegou ao topo resta a descida.

Nas minhas andanças primo pela observância, fonte dos meus escritos sou propensa, ao aprendizado; cada experiência passada, boa ou má, acresce o meu conhecimento, dignifica o meu espírito.Escrevente é o que copia a escrita é um escriturário, tem a ver com cartórios e repartições jurídicas; é o que lavra escrituras, procurações e contratos.
O que escreve,  o que expõe os seus sentires, de forma erudita, ou em linguagem simples, coloquial, é um escritor. Mesmo que não domine a língua pátria precisa, de incentivo e lapidação para brilhar.
Deve ser fiel as suas raízes, jamais sepultar a  sua história, os usos e costumes do seu povo, o seu sotaque, diante da discriminação dos que se julgam eruditos, e palestram para mestres, sem a mínima preocupação de se fazerem entender, pelos menos favorecidos, mas ávidos por cultura, Literatura. Ao se depararem com questionamentos presunçosos saem, das palestras literárias, com a sensação de serem estrangeiros na própria pátria.Alguns escritores de renome, não cursaram faculdades, mas alcançaram o reconhecimento público, pela beleza existente na simplicidade, da exposição dos seus sentires.
O tempo aperfeiçoa;  não matemos os pequenos, para não perdemos os gigantes de amanhã.
 
 

¹-o meu posicionamento era o de palestrante convidada- primo por boa formação intelectual,acadêmica, etc.; esmero na escrita e, boa fluência da língua pátria, porém inquietá-me o menosprezo pelos simples e iniciantes, estes devem ser respeitados e honrados, incentivados a prosseguirem; livres do constrangimento causado, por quem conseguiu chegar alto, por quem levanta voos, sem se importar, em arremeter alguém para o fundo, em busca de alcançar às alturas.






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Crônica: Escritor ou escrevente? Autoria da Jornalista EstherRogessi foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
EstherRogessi
Enviado por EstherRogessi em 17/07/2013
Reeditado em 17/02/2014
Código do texto: T4391500
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