Apenas Uma Questão de Palavras!
APENAS UMA QUESTÃO DE PALAVRAS!
“sobre as manifestações”
Após as manifestações espontâneas ocorridas nas ruas mês passado, o governo resolveu atender o apelo popular e lançar mão de um recurso extraordinário: o plebiscito!(1)
O assunto causou controvérsia, pois outros tantos do governo preferiam o tal do referendo!(2)
Só uma pergunta: quem foi do povo que pediu um ou outro desse sistema de governo ou algo do tipo?
Foi implorado o fim da corrupção, dinheiro para a Saúde, Educação, segurança para os cidadãos, o fim da ingerência daquele órgão de futebol denominado FIFA nas questões internas brasileiras e o fim de dos gastos desnecessários com a Copa do Mundo, que vai se realizar, enquanto a população morre à mingua!
O povo não quer opinar, o povo quer comer!
O povo não quer participar, essa é a função deles (políticos), o povo quer viver dignamente!
Pra completar, houve ainda umas questões governamentais no mínimo curiosas sobre os temas acima expostos para escolha!
A presidentA pediu agilidade para a aprovação do seu plebiscito, dada as circunstâncias, mas, tomou conhecimento que não o poderia ser sem a aprovação dos outros da Casa de Leis e etc.
Se aprovado a presidentA queira usá-lo já nas próximas eleições em 2014!
Porém, o vice-presidente tinha uma opinião diferente. Aliás, afirmou que nem se falou em plebiscito ou referendo. Depois mudou de idéia.
Menos informado, o Ministro da Justiça, disse de manhã que a presidenta lhe confidenciou não ser possível aplicar em 2014 (O PLEBISCITO NAS ELEIÇÕES) . À tarde, mudou de ideia, melhor informado, asseverou ser perfeitamente viável a aplicação nas próximas eleições!
Outrossim, não é o que pensam os Senadores e os opositores!
Além deles não terem entendido absolutamente nada, ainda estão testando a capacidade de raciocínio da população!
Ninguém quer saber de referendo, plebiscito e etc., o que se cogitou foi o início de um novo ciclo.
E há mais: somente porque houve alguns desacertos no governo não quer dizer ter tido contradição, de forma nenhuma!
Então, não é porque a presidentA ordenou, determinou, depois ficou sabendo que não podia ordenar nem determinar nesse caso, antes de ouvir aqueles eleitos democraticamente para esse fim que o deveriam. Muito menos não foi pelo fato do vice-presidente dizer algo diferente do que disse a presidente e nem pelo fato do Ministro da Justiça ter tido uma opinião de manhã e ter tido outra completamente diferente à tarde que houve contradição em alguma coisa não!
A tudo o acima escrito denomina-se simplesmente: casualidade política!
E quem foi que disse afinal que o homem (e a mulher obviamente) não pode ter uma opinião, sobre um determinado assunto, depois mudar de opinião e pelo bom senso aceitar o que não aceitara antes? E depois recusar posteriormente o que havia aceitado depois de ter recusado, quando soube que não poderia recusar?
Onde há contradição nisso?
Se a política brasileira é o exemplo técnico de opiniões formadas ao longo de décadas?
Que mal há então, o indivíduo acordar com uma opinião dali a pouco mudar de concepção e passar a ser oposição, depois situação, ao meio dia “centrão” e ao fim da tarde sem opinião?
Afinal, acordar de uma forma, depois mudar para outra, após voltar a forma inicial, posteriormente voltar a forma que deveria ter estado antes de ter mudado e no final, acabar o dia da mesma maneira que deveria ter começado? Não é um direito de todos?
Pode até parecer contradição, mas, no meio político é apenas colocação de palavras... uma antes, depois, outras depois, depois mudar toda a ordem e tá tudo certo!
(1)plebiscito
[Do lat. plebiscitu.]
Substantivo masculino.
1.Na Roma antiga, decreto do povo reunido em comícios.
2.Modernamente, resolução submetida à apreciação do povo.
3.Voto do povo, por sim ou não, sobre uma proposta que lhe seja apresentada.
(2) referendo
[Do lat. referendu.]
Substantivo masculino.
1.Mensagem que um representante diplomático expede a seu governo pedindo novas instruções.
2.Polít. Direito que têm os cidadãos de se pronunciar diretamente a respeito das questões de interesse geral.