Protesto de Deus
Protesto de Deus
Não é esta aí, a natureza que eu quis.
Que tomba indefesa, perdendo a beleza,
Trazendo a tristeza, na terra que eu quis.
Não é esta aí, a terra que eu quis,
Desfeita em pedaços por grandes ricaços
Por mãos criminosas do homem que fiz.
Não é este aí, o homem que eu quis,
Que vive oprimido, que anda perdido,
Que cai abatido no mundo que eu fiz,
Será que eu falhei?-- Me digam vocês!
Será que eu pus muita água no mar?
Será que o calor do meu sol a queimar?
Se acaso é assim, perdão, eu errei!
Agora eu lhes digo o mundo que eu quis:
As estrelas não brigam o sol não se afasta,
O mar não soçobra na terra que eu fiz
Agora eu lhes digo á terra que eu quis:
Sem ódio, sem guerra sem tanta injustiça,
Que fere meu filho, o homem que eu fiz.
Agora eu lhes digo o homem que eu quis:
Um homem liberto, fraterno e aberto,
Fazendo da vida um canto feliz.
Será que eu falhei sendo bom demais?
Será que o amor, a justiça e a paz,
Não vale mais nada neste mundo meu?
Se acaso é assim PERDÃO EU ERREI