Anjos Negros

Esse tempo é nublado e confuso

Estamos sendo levados pelas correntezas

A neblina nos ofusca a visão

Estamos inertes como as paisagens sofridas

O sol nasce e adormece

Como o som da saudade que sinto

O perfume alheio nas minhas vestes

Já não sei se são miragens

Pois permanecem aqui por séculos

Te encontro quando fecho os olhos

O sorriso inconsciente em minha face

A dor não revelada que ecoa naquelas tardes

A guerra entre sentimentos

Nos mantém aqui imóveis

Estivemos tão longe

Mal se ouvia a voz dos anjos negros

Que querem nossos corações amargurados

Nada me saciava mais do que sua presença

Sonhei que nosso mundo era um só

Aquela música me apavora

Ela traz você e todos que nos fizeram sangrar

Anjos negros querem nos ensinar a quem amar

Mas eles não amam nem a si mesmo

Esse mesmo tempo turvo

Que nos confunde e nos sangra

Um dia já esteve ensolarado

E contornou nossos sorrisos

Ele mesmo nos guiará

E te trará pra mim.

Lu Veríssimo Art
Enviado por Lu Veríssimo Art em 13/07/2013
Reeditado em 25/11/2013
Código do texto: T4385463
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