Sensação

Imobilizada vejo tudo escorrer pelos meus dedos. Minhas palavras traem minha fonte de sentimentos, essa por sua vez está em guerra com todo meu ser. Não há remédio, que não sejam os seus olhos, sua voz, o calor do seu abraço, sempre meu refúgio.

As lembranças me torturam, me assombram, ocupam meus sonhos, tornam-se pesadelos constantes. Sua imagem vive por todos os lugares por onde meus passos rastejam, nos rostos alheios, nos mares, até no meu suspiro mais profundo.

A saudade vagueia ao redor de tudo o que tocamos, desde objetos mais fúteis até a uma fotografia antiga. Canções melancólicas são cortantes. As lagrimas sempre me arrancam o orgulho substituindo o amor reprimido que carrego.

Me pergunto se em algum momento irei acordar, por que nada parece real, os dias são iguais e as coisas não fazem sentido, como dois corações separados. Desejo tocar suas mãos, seus cabelos, adormecer ao seu lado, esquecer a realidade que nos persegue.

Meu anjo. Te busco em tantos lugares e não te encontro. Seu coração me chama, grita por mim, levando-me ao desespero. Ao caminhar pelas ruas, tão ofegante, meus passos aceleram, sem destino de chegar a lugar nenhum.

É sua voz me atraindo, estou perdida nesse labirinto escuro, todas as portas são falsas. Cadê você pra me guiar? Seu silêncio me sangra, a noite chega, adormeço contra a vontade com o rosto molhado, de saudade de você.

Lu Veríssimo Art
Enviado por Lu Veríssimo Art em 13/07/2013
Reeditado em 06/11/2013
Código do texto: T4384686
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