Como Procedo Diante Disso?

Amarás ao teu próximo como a ti mesmo(Mt 22:38). Este versículo é o segundo maior mandamento da bíblia, só sendo superado por ” amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.”(Mt 22:37). Acredito que o primeiro mandamento seja de fácil compreensão e cumprimento. E o segundo, será que o praticamos sem maiores esforços.

Tal questionamento ocorre-me pela dificuldade que temos em amar aqueles que são diferentes de nós. Será que possuímos um amor incondicional pelos miseráveis materialmente e espiritualmente falando?

Seríamos capazes de nos sentarmos à mesa com um mendigo, uma prostituta, um espírita candoblecista ou umbandista, um homossexual, um ladrão, um pedófilo, um assassino, um aidético, sem nos sentirmos incomodados com tais presenças? Acharíamos a nossa suposta santidade abalada? Ou amaríamos sem restrições, e estenderíamos as nossas mãos em amor e generosidade, acreditando que o Nosso Deus é o autor de toda a transformação que possa acontecer às criaturas.

Fico a meditar neste mandamento e por várias vezes a me perguntar: quem é o meu próximo? Aquele que convive comigo em igualdade de condições ou todos que foram criados à imagem e semelhança de Deus, mas se corromperam na caminhada e não são crentes como somos e amam a Deus como nós dizemos que amamos.

Conhecer a palavra de Deus é uma obrigação se quisermos realizar um bom serviço e prestarmos um bom testemunho de Cristo, mas estamos aplicando-a sem ressalvas em todas às situações, ou selecionamos o que queremos ou achamos que devemos nos envolver.

Confesso que tenho me esforçado para viver plenamente este mandamento, pois por muitos anos eu acreditei que amava ao próximo como a mim mesma, amava sim, mas os que tinham procedimentos e atitudes semelhantes aos meus. Para com os diferentes eu amava, mas mantendo distância, o porquê constatar isso agora? Porque ao aprofundar-me no conhecimento das escrituras percebi que amar ao próximo como a si mesmo, requer empreendimento espiritual e isso só vem com a aproximação e intimidade com Deus. Amar ao próximo não é apenas esticar os braços e abrir as mãos para uma oferta ao pedinte, não é apenas orar pelo outro nos nossos lares ou nas reuniões de oração de nossa igreja. Amar ao próximo é aproximar-se do outro sem primeiro fazer uma análise, não é ficar verificando quem o outro é, não é ficar fechado diante do outro. Amar ao próximo é entrega, é desprendimento, é lutar a luta do outro, é morrer na cruz se preciso for pelo outro. Mas temos que declarar que não morremos pelo outro, muito menos se a morte for na cruz.

Impactante essas observações, com certeza sim, para mim e para você. Mas o que podemos fazer para vivermos esse mandamento em sua plenitude? Não sei, só sei que ao nos aproximarmos de Deus, vamos dia após dia sendo aperfeiçoados na caminhada e vai sendo criada em nós uma vontade de melhorarmos diante de Deus e só se consegue isso pedindo todos os dias ao Senhor: Dá-me um coração igual ao Teu meu Mestre.

Dalva dos Santos
Enviado por Dalva dos Santos em 12/07/2013
Reeditado em 23/07/2013
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