Tá difícil para todo mundo
Mesmo sendo clichê, até o mais simpático dos otimistas tem que admitir que não tá fácil para ninguém. Realmente não está.
Não tá fácil para o ricaço, já não tão rico assim, Eike Batista, que está como a maioria dos brasileiros comuns, negociando dívidas, empréstimos e cortando gastos.
Não tá fácil para a Dilma, uma mulher que há de cair no ranking de influência da Forbes, que ameaçou uma constituinte, programou um plebiscito, acertou um pacto, mas continua sendo vaiada.
Não tá fácil para a China, a grande exportadora de nossa época, que viu sua economia regredir no último balanço, algo que não acontecia desde a crise de 2009.
Não tá fácil para os Estados Unidos, os poderosos "donos do mundo", que estremeceram muitas relações diplomáticas por espionarem nossos telefonemas.
Não tá fácil para a politicada do meu amado país, que está trabalhando nesse último mês o que não trabalhou em duas décadas.
Não tá fácil para os alunos de medicina, que se enxergam naquele grupo seleto e acima dos demais, o grupo dos médicos, que vão ter que trabalhar dois anos no SUS.
E, é claro, não está fácil para nós, trabalhadores comuns e brasileiros ordinários, com pouco dinheiro na conta corrente e muitas contas para pagar. Mas isso não é nenhuma novidade, afinal, para nós, nunca foi fácil mesmo.