Um texto (quase) sobre o amor
É praticamente impossível caminhar por aí e não enxergar o amor.
Pessoas se amando, pessoas desejando ser amadas, algumas delas até implorando...
Eu já amei, já acreditei no amor. Hoje assumo que perdi a fé, perdi a fome do meu coração, mais ou menos como quando a guloseima preferida perde o sabor, perde o prazer.
Há quem me critique, quem apoie ou diga que um dia vou mudar essa visão dura sobre o amor, porque afinal de contas, “todos precisamos nos sentir amados"...
Há quem ignore meu ponto de vista e pra falar a verdade, esse é o meu tipo favorito.
Não que eu seja impermeável aos sentimentos, pelo contrário! Posso me apaixonar diversas vezes durante o dia: por um aroma, um sabor, uma conversa, uma cena, uma pessoa, uma paisagem, uma leitura e poderia lotar páginas descrevendo minhas paixões, mas agora não vem ao caso.
A questão é que as pessoas adquiriram um medo ou receio muito grande de ficarem sozinhas. Qualquer ação solitária vista de fora acaba taxando a pessoa como triste, desamparada, depressiva e afins.
Isso é bem claro no desespero que alguns demonstram em ter um relacionamento.
É bonito mostrar para o mundo o companheirismo do relacionamento, mas nem sempre é tudo verdade. Nem sempre é tudo amor.
Nos casos mais extremos eu não consigo enxergar nada além de egoísmo e isso passa bem longe de ser amor, entretanto passa perto da classe gramatical dos pronomes - os possessivos, se é que você me entende.
A cena muda grotescamente quando estamos falando de paixão.
Quando é possível sentir as ondas trêmulas da ansiedade nas mãos transpirantes e um nervosismo constante de bater os pés para acalmar.
Os idólatras do amor que me perdoem mas, a emoção me faz viva, me move, e eu não sinto culpa.
A adrenalina é incrível e a endorfina viciante!