Não Faça Previsões, Você ainda não Chegou no Futuro

Sempre fui uma pessoa de muito pensar, mas só descobri isso quando uma amiga há muitos anos fez essa constatação, que alegremente pude confirmar tempos depois. E pensando, pensando e pensando ou se preferirem analisando, analisando e analisando, cheguei a seguinte conclusão: Façamos do hoje um bom dia e o amanhã será consequência dele, não devemos ficar achando que o amanhã será dessa ou daquela maneira. Eu sempre relembro os fatos para confirmar se as “Teorias de Dalva” estão certas, então relato uma das minhas experiências:

Há sete anos mudei de endereço e antes da mudança eu tinha uma perspectiva que não teria mais o prazer de conviver com algumas coisas, tais como: passarinhos ao redor, árvores frutíferas (na casa que eu morava tinha o melhor abacate que já comi na vida), uma visão melhor do céu e da lua. E para minha surpresa eu tenho tudo isso e muito melhor, pois os passarinhos vivem na área, eu tomo café todo dia contemplando-os. Frutas, estou quase colhendo a minha primeira safra de mamão que tive a coragem de plantar em um pequeno espaço e ele cresceu e está com quase vinte mamãozinhos. Em dia de lua cheia o seu esplendor é refletido na minha cozinha, é uma imagem mágica e emocionante, apago todas as luzes da casa e sou iluminada pela lua, um verdadeiro êxtase.

Mas por qual razão estou eu a descrever todos esses fatos, pelo simples motivo que não devemos ficar prevendo como vai ser o amanhã. Eu tinha uma expectativa não muito boa sobre a minha nova casa e quando comecei a entranhar a minha energia nela pude ver que tudo foi e está sendo muito melhor do que eu poderia imaginar. Claro que não é tudo perfeito, mas aquilo que não é do jeito que eu quero, eu simplesmente fico do jeito que é. A maleabilidade é um procedimento que faz muito bem e nos traz felicidade.

A mesma análise serve para as nossas mais entusiastas previsões, tipo conhecer uma pessoa e achar que ela é maravilhosa, sem ter convivido por um tempo em diferentes situações, idem quando conhecemos um homem e achamos que agora é para valer e depositamos toda a nossa esperança de felicidade neste príncipe que após o primeiro mês de convívio já se tornou um sapo. Culpa dele, não, é nossa culpa que insistimos em querer controlar o amanhã, idealizar as pessoas, controlar os acontecimentos.

Sabe qual é a minha receita para evitar tudo isso? Eu vivo, e de que maneira eu faço isso? Simplesmente tendo responsabilidade sobre a minha vida e a dos outros, inclusive com as pessoas que eu não conheço, se estou com dificuldades paro e penso na melhor forma de resolver as coisas. E sabe qual é o resultado? A vida tem sido maravilhosa, pois não tenho a ilusão que não terei problemas e sim que eles poderão ser menores.

Dalva dos Santos
Enviado por Dalva dos Santos em 10/07/2013
Código do texto: T4381170
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