O TREM DA MINHA VIDA

Faz algum tempo que eu queria uma casinha no interior, morar em uma casinha aconchegante do interior, lá no meio do mato. Queria ter um lago com peixes, com cisnes, gansos, marrecos e patos. Queria acordar bem cedinho despertado por um galo carijó, ir no meio do campo e buscar minha vaquinha para tirar seu leite. Lá no quintal iria colher os ovos das galinhas poedeiras, para fazer bolos, pães ou para comê-los estrelados.

Eu queria morar em um sitio. Esquecer do mundo, do mesmo jeito como o mundo facilmente esquece da gente. Queria preparar minhas guloseimas, fazer pães de casa no forno à lenha e do quintal, colher frutas e verduras para serem consumidas no almoço e nos lanches. Depois pegar temperinhos verdes, cenoura, alface, pimenta, manjericão e sálvia.

É tão pequeno o meu sonho e ao mesmo tempo tão difícil. Parece que a minha vida descarrilhou dos trilhos em algum momento e que sem solução tive que deixar os vagões por ora abandonados.

Esta semana eu estava dentro de uma construção (o prédio da Biblioteca Pública de Osório) que me fez novamente sonhar com o trem da minha vida e repensar sobre qual o caminho que eu devo seguir...

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10.07.13

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 10/07/2013
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