FRANCISCO, O PAPA DA VERDADE.

A igreja remodelou a fisionomia da civilização. Não é afirmação religiosa, mas histórico-institucional. E a igreja, como a humanidade, caminhou vários caminhos.

O substancial nela foi o concílio de Nicéia, o dogma definido por Santo Atanásio. “Não é Cristo o homem feito Deus, mas o Deus feito Homem”. Ele está no centro dessa civilização influenciada, manifesta a sensibilidade de Pedro Calmon, cérebro brasileiro da cultura jurídica em seu “Curso de Teoria Geral do Estado”.

O Cristo-histórico é uma verdade singular como pessoa, homem. Foi a Primeira pedra como Pedro o primeiro marco. Nada há igual, desnecessárias comparações. É marco perenizado na pedra. Essa verdade decorre de princípios morais, éticos. Uma verdade de conduta máxima para condução dos povos, das nações, por seus dignitários e auxiliares. Transpõe o umbral das eras pelo exemplo depois Dele. E é a esperança de ser seguido, como O segue o Papa Francisco que está por nos visitar.

A boa Igreja em sua temporalidade foi também má, como os governos na história da humanidade. Ainda é má a igreja por homens que a integram, como os hediondos pedófilos. As instituições são feitas por homens e suas fragilidades, todos sabemos.

A verdade na forma mais simples, como conceito de moral, é a que está longe de todas as mentiras, mancha execrável da humanidade.

Santo Agostinho ensinava: “A VERDADE É O QUE É, INDEPENDENTE DE QUAISQUER SUBJETIVISMOS, PORQUE ANTES DE O HOMEM PENSAR ESTÃO POSTAS AS COISAS DIANTE DELE, NÃO COMO ELE AS QUER, MAS COMO ELAS SÃO”.

Chegar à verdade sem estigmas ou nódoas é antes admitir o erro para que possa haver arrependimento eficaz, sem o que a paz ficará distante.

Papa Francisco não esconde a verdade, desenha a clareza para traçar novos caminhos. Não se foge da realidade nem se apaga a evidência. Admitiu o “lobby Gay” no Vaticano e as fraudes no banco estatal, nomeando comissão para expurgá-la. Um dos maiores centros de espiritualidade do mundo, se prestando ao favorecimento da mais nefasta materialidade, lavagem de dinheiro.

A verdade nos desliga do áspero caminho que dilacera princípios peregrinos, espaço escuro e sem promessas, trânsito tormentoso onde se pena de dor e se esvazia a esperança por se estruturar na mentira. Não há humildade na mentira, mas arrogância, nem despojamento de vaidades, pois acesos estão o orgulho e a pretensão em ser mais quando nada se é. A soberba e o orgulho vestem a pretensão em ser depositário da verdade que a mentira capenga e visível, escandalosamente visível, tenta em vão esconder.

A pretensão em estar acima das regras que presidem a ética e os sentimentos povoa tais condutas. Os votos depositados na igreja por quem dela participa institucionalmente, violados, são como pérolas que Cristo ensinou que não eram para serem jogadas aos porcos. Quem viola os mais primários votos consagrados deve estar longe da igreja. É o que busca o Pastor que vamos receber, o Francisco que traz no nome a marca forte da Cristandade. Limpar a igreja, desígnio de Francisco de Assis.

Os que transgridem votos da forma mais violenta, maculando a inocência, envergonham a instituição e crucificam maximamente o Cristo martirizado. As instituições são entes abstratos, são conduzidas pelos homens que as tornam respeitosas ou desonradas.

Parece, quero estar fiado e crente no que afirmo, que a mentira opiniosa encastelada na soberba dos votos de ofensa, está com seus momentos contados.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 10/07/2013
Reeditado em 10/07/2013
Código do texto: T4380649
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