PENSANDO SOBRE OS HUMANOS E OS ROBÔS

Quem não é feliz não sabe o que é a felicidade. Quem não é honesto não tem a coragem de falar sobre honestidade. Quem é arrogante não sabe o que é humildade. Quem é incapaz de escutar o povo e de conversar com o povo não é digno de assumir um cargo em que tenha a necessidade de trabalhar com esse povo. Aliás, os robôs não têm a capacidade de pensar nem de criar, e somente quem pensa e cria pode ser feliz, honesto, humilde, escutar, conversar e transformar.

Os robôs permanecem com a programação que lhes foi fornecida. Eles só agem se forem programados. Um computador, por exemplo, recusa a escrita de certas palavras, até as registra como erradas e inadmissíveis, ainda que essas palavras estejam escritas corretamente. Isso ocorre porque ele não foi preparado para reconhecer o novo. Os computadores estão programados. A novidade lhes é estranha e louca.

Os robôs só fazem aquilo que lhes foi ensinado a fazer. Se os humanos disserem a um robô: faça o que você nunca fez, o pobre autômato não o fará. Na verdade, não devemos exigir muito de um robô. Se quisermos construir um mundo novo, temos que confiar somente nos humanos. Somente os humanos pensam, conversam sem programação, escutam sem serem programados, criam, inventam, reinventam, transformam, mostram novidade e podem construir um mundo bom para todos os seres humanos. Os robôs sempre precisarão de quem lhes diga o que devem fazer. Um robô, por exemplo, pergunta: “O que devo fazer onde eu moro?” Os humanos, no entanto, propõem, conversam, dialogam, pensam, decidem e constroem juntos.

Os humanos podem até ser instáveis. Todavia, eles nos surpreendem, positiva e negativamente, é claro. Os robôs, não. Estes nunca surpreenderão, porque já sabemos o que eles podem fazer. Os humanos, sabemos, são capazes de mostrar algo novo.

Se dissermos a um ser humano: elimine o seu adversário, o ser humano, certamente, pensará. Se dissermos, entretanto, a um robô: elimine o seu adversário, o robô jamais pensará. Sendo assim, prefiro acreditar nos seres humanos e com eles trabalhar a conviver com os robôs e neles não poder confiar. Os humanos são complexos, mas merecem a nossa confiança. Afinal, somos seres humanos. Os robôs, não.

IMPORTANTÍSSSIMO: SE QUISERMOS FICAR FAZENDO AS MESMAS COISAS, DEVEMOS CONFIAR NOS ROBÔS. SE QUISERMOS, PORÉM, MUDAR E MELHORAR A NOSSA HISTÓRIA, TEMOS QUE CONFIAR NOS HUMANOS.

A ESCOLHA É NOSSA!

Domingos Ivan Barbosa
Enviado por Domingos Ivan Barbosa em 10/07/2013
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