O POSSÍVEL E O COMÍVEL (BVIW) - Mini crônica
Dizem que "quem ama o feio, bonito lhe parece". Mas eu não vou falar de amor. Quero dizer que, muitas vezes, uma palavra aparentemente feia, adquire uma significação tão grande, que de feio parece nada ter. Um "foda-se", dito em alto e bom tom, nos dá um prazer enorme quando estamos cheios de algo ou alguém. O "merda", como expressão de desabafo, é excelente, desde que não pisemos de fato na dita cuja. Ou, como variante, o "bosta" que, no final, dá na mesma. Na realidade não são as palavras que são feias por si só, mas a maneira como as empregamos. Tem um termo, por exemplo, que eu acho chulo, degradante e que, na real, não significa exatamente a verdade. Não vou citá-la para não ferir os padrões de ética de muita gente. Apenas, de leve, posso dizer que não somos canibais para comer ninguém. O homem até pode ser carnívoro, mas apenas por aquilo que lhe entra pela boca. Entre o possível e o comível, afinal, há uma grande diferença...