INFÂNCIA V - UMA CAIPIRA DA CAPITAL
Remexendo meus guardados, encontrei as únicas fotos, tiradas na antiga fazenda da minha tia Dora, irmã do meu pai, fazenda Santo Antonio do Gavião, na cidade de Dois Córregos , interior de S.Paulo.
Possuidora de uma mente privilegiada, lembro que senti medo dos animais, mas curiosa e muito observadora em conhecer como viviam os bichos, fiquei feliz e espantada quando as patas e as galinhas passeavam no terreiro com os patinhos e pintinhos todos coloridos, os amarelinhos chamaram mais a minha atenção. -
Nessa foto, sentada na cadeira, assustada, pelos cachorros e outros animais estarem bem próximos a mim... rss
Em cima do pônei do meu primo, cavalgando com 1 ano, 5 meses, e ½, pareço uma autentica amazonas, cheia de pose para tirar o retrato...rss
Sendo uma menina criada na cidade, que seus pais, trabalham demais, e o pouco que eles viajavam, eram para o litoral, em Santos. - Passei a minha infância e adolescência indo a Santos de cada quinze dias, meu pai, um Sr. muito metódico, conservador, não gostava de mudanças, só conheci o Guarujá, depois de casada...rss
Conheci porco fuçando a lama no chiqueiro, acompanhei a ordenha das vacas, um primo, tirava aquele leite quentinho, direto na caneca com açuçar, no sitio de um tio do meu marido próximo de Bauru – S/P. - na época eu tinha 20 anos - Sou uma verdadeira caipira da capital. Mas fiz questão de aprender a fazer(literalmente) a cama no colchão de palha, enfiar as mãos por aqueles dois buracos afofar a palha de milho, para dormir. E o medo de pegar um bicho dentro do colchão? Afê! rss – Aprendi tudo com muita valentia, a experiência de afofar o colchão, (fazer a cama) foi a mais estressante. O pior era dormir naquele colchão e cada virada na cama, o colchão fazia barulho. Acordava e, não se conseguia mais dormir!...rss
Conheci o cultivo de varias hortaliças, frutas e raízes como a mandioca, eles colhiam o tanto de raizes que iam usar e, enterravam o resto.
Aprendi a arear as panelas com areia no terreiro. Tudo para mim era novidade, no fogão a lenha sempre aceso, passavam as serpentinas de cobre esquentando a água, que saiam quentinhas nas torneiras e no chuveiro, em cima do fogão eles mantiam uma chaleira com água quente, para coar um café ou um chá de cidreira...
No banheiro externo, havia um balde com um chuveiro embaixo, com uma alavanca, para dosar a água do banho super rápido..rss
Se não fossem essas fotos, pensaria que conheci a vida rural, depois de adulta... rss
UMA CAIPIRA DA CAPITAL... Sem nunca ter um bichinho de estimação e sem tempo para brincar com as bonecas...
(Foto: EU com um ano, cinco meses e meio - Fazenda Santo Antonio do Gavião - Dois Córregos- SP)
Remexendo meus guardados, encontrei as únicas fotos, tiradas na antiga fazenda da minha tia Dora, irmã do meu pai, fazenda Santo Antonio do Gavião, na cidade de Dois Córregos , interior de S.Paulo.
Possuidora de uma mente privilegiada, lembro que senti medo dos animais, mas curiosa e muito observadora em conhecer como viviam os bichos, fiquei feliz e espantada quando as patas e as galinhas passeavam no terreiro com os patinhos e pintinhos todos coloridos, os amarelinhos chamaram mais a minha atenção. -
Nessa foto, sentada na cadeira, assustada, pelos cachorros e outros animais estarem bem próximos a mim... rss
Em cima do pônei do meu primo, cavalgando com 1 ano, 5 meses, e ½, pareço uma autentica amazonas, cheia de pose para tirar o retrato...rss
Sendo uma menina criada na cidade, que seus pais, trabalham demais, e o pouco que eles viajavam, eram para o litoral, em Santos. - Passei a minha infância e adolescência indo a Santos de cada quinze dias, meu pai, um Sr. muito metódico, conservador, não gostava de mudanças, só conheci o Guarujá, depois de casada...rss
Conheci porco fuçando a lama no chiqueiro, acompanhei a ordenha das vacas, um primo, tirava aquele leite quentinho, direto na caneca com açuçar, no sitio de um tio do meu marido próximo de Bauru – S/P. - na época eu tinha 20 anos - Sou uma verdadeira caipira da capital. Mas fiz questão de aprender a fazer(literalmente) a cama no colchão de palha, enfiar as mãos por aqueles dois buracos afofar a palha de milho, para dormir. E o medo de pegar um bicho dentro do colchão? Afê! rss – Aprendi tudo com muita valentia, a experiência de afofar o colchão, (fazer a cama) foi a mais estressante. O pior era dormir naquele colchão e cada virada na cama, o colchão fazia barulho. Acordava e, não se conseguia mais dormir!...rss
Conheci o cultivo de varias hortaliças, frutas e raízes como a mandioca, eles colhiam o tanto de raizes que iam usar e, enterravam o resto.
Aprendi a arear as panelas com areia no terreiro. Tudo para mim era novidade, no fogão a lenha sempre aceso, passavam as serpentinas de cobre esquentando a água, que saiam quentinhas nas torneiras e no chuveiro, em cima do fogão eles mantiam uma chaleira com água quente, para coar um café ou um chá de cidreira...
No banheiro externo, havia um balde com um chuveiro embaixo, com uma alavanca, para dosar a água do banho super rápido..rss
Se não fossem essas fotos, pensaria que conheci a vida rural, depois de adulta... rss
UMA CAIPIRA DA CAPITAL... Sem nunca ter um bichinho de estimação e sem tempo para brincar com as bonecas...
(Foto: EU com um ano, cinco meses e meio - Fazenda Santo Antonio do Gavião - Dois Córregos- SP)