PARAR POR QUE, POR QUE PARAR ?
Muitos anos se passaram desde as marcantes manifestações que derrubaram o Collor e das "diretas já" e mesmo, porque não dizê-lo, a tomada do poder pelos militares empurrados pelo povo, até mesmo pelo fato deles (os militares) serem, também, povo. Ou não?
Foram demonstrações viris, maciças, objetivas e patrióticas, inflamadas pelo desejo de mudança, da necessidade de encontrar novos rumos, de, enfim, melhorar as condições de vida da sociedade.
De lá para cá, o cenário sócio-político mudou extremamente e para pior!
A corrupção atingiu um patamar inimaginável e grassou como epidemia incontrolável. A criminalidade, qual espectro maligno, avassalou a sociedade, conspurcando-a tragicamente, afogando-a no pântano tenebroso dos atos mais torpes que o homem pode praticar; pedofilia, até no clero, prostituição, droga, latrocínio, assalto, sequestro, terrorismo e mais uma terrível procissão de misérias humanas.
Após um período de inexplicável marasmo, durante o qual a sociedade sofreu o peso esmagador dessa situação, permaneceu ela como que resignada, semelhando o boi no caminho do abatedouro.
De repente, um simplório pleito contra o aumento da passagem dos coletivos, transforma-se, avulta, radicaliza-se, levanta o país inteiro, numa marcha apartidária e acendradamente nacionalista, tendo como única bandeira o querido auriverde pendão da esperança.
Agora, vamos ao que interessa !
Nada de preciosismos, nada de blá-blá-blá. O referendo ou o plebiscito ou o que seja tem que traduzir o anseio do povo que EXIGE:
Fim das inúmeras benesses concedidas a parlamentares, entendidas como tais; aposentadoria ao fim do mandato, regime salarial especial, férias, salários extra, auxílios a que título forem.
Para crimes considerados hediondos, equiparar o menor ao criminoso adulto e, para ambos, excluir o benefício da progressão da pena.
Investimento maciço , prioritário e permanente na educação, saúde pública, transporte, abastecimento de água, rede de esgoto e segurança.
Agilização do trabalho do judiciário.
Observância irrestrita do teto salarial nacional e do princípio de isonomia.
Redução do número de Ministérios.
Redução do número de componentes do Congresso.
Reexame de todas as bolsas existentes, estabelecendo-se regras mais rígidas para sua concessão e, principalmente, quanto ao mérito e valor.
Prisão imediata dos condenados no chamado "Mensalão" e cassação dos seus mandatos.
Leitores amigos, contei o meu sonhado conto e, quem quiser, acrescente um ponto ou que sonhe mais alto. Só não vale sair da roda!
(não deixe de ler a colega Maria Giustina)